Twitter: os maiores influenciadores políticos da rede
A empresa de big data brasileira Stilingue, dona de um software de mesmo nome (desenhado para detectar tendências e figuras de ampla influência em redes sociais), em parceria com a agência de relações públicas Misasi, realizou uma pesquisa cujo objetivo foi elencar os perfis do Twitter cujos posts têm maior repercussão política no Brasil. Este […]
A empresa de big data brasileira Stilingue, dona de um software de mesmo nome (desenhado para detectar tendências e figuras de ampla influência em redes sociais), em parceria com a agência de relações públicas Misasi, realizou uma pesquisa cujo objetivo foi elencar os perfis do Twitter cujos posts têm maior repercussão política no Brasil. Este blog divulga com exclusividade o resultado.
Confira os 20 primeiros (clique na imagem para abrir em melhor qualidade)
No topo, Felipe Moura Brasil, colunista de VEJA. Atrás dele, o jornalista George Marques (2º lugar), a atriz e apresentadora Monica Iozzi (3º) e o pastor Silas Malafaia (4º). Mas e os políticos profissionais?
Para entender o ranking, é preciso compreender seus critérios. A começar, não se consideraram prefeitos, governadores, deputados, vereadores… enfim, os profissionais. Nem candidatos. O segundo ponto é que, para entrar na lista, era necessário o perfil realizar menções frequentes a termos relacionados ao assunto, a exemplo de “política”, “político”, “governo federal”, “presidente” etc. A coleta de dados, que ocorreu entre 25 de agosto e 23 de setembro, acabou por, assim, considerar 83 mil influenciadores do Twitter, contabilizando mais de 200 mil referências a eles.
Para compor a lista dos 20 mais, consideraram-se os critérios de “atratividade viral” (aqui entra, por exemplo, o número de curtidas e compartilhamentos no perfil), “alcance” (a exemplo da quantidade de seguidores) e a “afinidade com a pesquisa” (o quanto as pessoas falam sobre política, e qual é a repercussão desses tweets específicos).
Pela avaliação da Stilingue, por exemplo, o Felipe Moura Brasil não teria “alcance” alto, por não ser uma, digamos, celebridade de TV. Mas pontuou muito bem em “afinidade”, visto que fala muito do tema. Já Monica Iozzi tem menor “afinidade”, mas grande “alcance”.
“Ficamos bem surpresos com os resultados, principalmente por aparecerem no ranking indivíduos que, em teoria, nada têm a ver com a política. Contudo, os dados provam que possuem ampla influência nesse aspecto”, afirmou Rafael Mello, da Misasi, coordenador da pesquisa, em parceira com a Stilingue. “A Monica Iozzi foi uma que nos deixou embasbacados. Contudo, uma prova de que a informação é precisa é que há pouco ela foi condenada a pagar indenização ao ministro Gilmar Mendes, justamente em consequência de um tweet que escreveu sobre ele”, concluiu.
Estudos do tipo são bem reveladores, sim. Entretanto, é preciso compreender alguns pontos. Primeiro, que a influência medida diz respeito tão-somente à atividade no Twitter. Segundo, em consequência, que esse poder não necessariamente se reflete na “vida real”. Muito menos em outras plataformas da internet. Considerados esses “poréns”, a pesquisa é, como disse, reveladora. Por quê? Exemplifica o poder que os chamados “influenciadores digitais” têm adquirido. Ao ponto de, sim, poderem ter impacto em resultados políticos, como em eleições.
(Com reportagem de Talissa Monteiro)
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