Namorados: Assine Digital Completo por 5,99

UE flexibiliza regras antes da entrada em vigor da lei contra o desmatamento

Medida atinge em cheio países exportadores de commodities, como o Brasil

Por Ernesto Neves Atualizado em 16 abr 2025, 13h00 - Publicado em 16 abr 2025, 12h37

A União Europeia decidiu flexibilizar parte das exigências administrativas de sua nova legislação ambiental, que busca conter o desmatamento associado à produção de commodities em escala global.

A medida visa aliviar a carga burocrática sobre importadores e facilitar o cumprimento das obrigações previstas.

Em comunicado divulgado na noite de terça-feira 15, a Comissão Europeia, braço executivo do bloco, anunciou que as empresas poderão apresentar declarações de forma anual, e não mais a cada remessa importada.

A exigência de rastreamento da cadeia de suprimentos também será atenuada.

A legislação europeia, que integra o ambicioso Pacto Verde, proíbe a entrada no mercado do bloco de produtos ligados ao desmatamento, como café, cacau, soja e carne bovina.

Continua após a publicidade

Embora elogiada por ambientalistas, a nova regra tem gerado forte reação de países produtores, como o Brasil, além de críticas do setor privado, que aponta o alto custo e a complexidade das obrigações.

“Nosso objetivo é reduzir a carga administrativa para as empresas, preservando, ao mesmo tempo, os objetivos da regulamentação”, afirmou a comissária de Meio Ambiente da UE, Jessika Roswall. “Estamos comprometidos em implementar as regras da UE sobre desmatamento.”

Segundo a Comissão Europeia, as mudanças devem gerar uma redução de até 30% nos custos administrativos para os importadores.

Continua após a publicidade

Após meses de pressão de países parceiros e representantes da indústria, o bloco decidiu adiar em um ano a entrada em vigor da legislação, agora prevista para o final de 2025.

Até junho deste ano, a Comissão deve publicar uma lista classificando os países exportadores segundo seu nível de risco de desmatamento — um critério que influenciará o grau de exigência aplicado às importações provenientes de cada região.

A proposta da União Europeia para conter o desmatamento global começou a tomar forma há três anos, após o compromisso firmado por mais de 100 líderes mundiais durante a COP26, em Glasgow, de reverter a destruição de milhões de hectares de florestas a cada ano.

Continua após a publicidade

Com um cronograma ambicioso, o plano logo encontrou resistência. Como ocorreu com outras iniciativas ambientais do bloco, a implementação das metas acabou esbarrando na realidade política e econômica, tanto dentro quanto fora da Europa.

O adiamento simboliza os limites da estratégia europeia de liderar a agenda verde global.

Embora a legislação seja considerada um marco na proteção das florestas tropicais, suas exigências rigorosas geraram críticas por parte de empresas e governos, especialmente de nações em desenvolvimento.

O setor privado argumenta que precisa de mais tempo e recursos para se adaptar às transformações previstas pela UE.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês*
DIA DOS NAMORADOS

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.