São Paulo anuncia fundo independente para projetos de meio ambiente
Funbio é escolhido como o gestor financeiro de investimentos voltados à resiliência climática, como restauração florestal e uso sustentável dos ecossistemas

Para agir com mais eficiência e rapidez às emergências climáticas, a secretaria estadual de Meio Ambiente de São Paulo desenvolveu uma ferramenta independente, livre da necessidade de licitações e burocracias. Além disso, promete mais transparência e a possibilidade de os investidores escolherem o projeto que querem despejar o seu dinheiro. Batizada de Finaclima-SP, ela foi aprovada no fim do ano passado. Mas ainda faltava escolher a entidade gestora capaz de colocá-la em prática.
Depois de um processo seletivo, a organização vencedora foi o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), associação sem fins lucrativos, que há 26 anos trabalha para a conservação do meio ambiente. “Fomos pensados para atrair o setor privado para a área e viramos um braço financeiro para ajudar no financiamento de políticas públicas”, diz Manuela Muanis, gestora de portfólio de projetos do Funbio.
Entre os projetos da entidade, está o Fundo da Mata Atlântica, lançado em 2009 para destinar recursos de compensação ambiental a unidades de conservação do Estado do Rio de Janeiro. Desde então, a entidade mobilizou 300 milhões de reais destinados à ampliação de 50 Unidades de Conservação, com a construção de sedes e guaritas, além de planos de manejo e manutenção.
Outro projeto de destaque do Funbio é a Amazônia Viva, realizado em parceria com a Natura, que ajudou na implantação em um mecanismo de financiamento para fortalecer organizações, negócios e cadeias da sociobiodiversidade. O plano focou no fortalecimento dos produtores de matéria prima, que trabalham com a empresa de cosméticos. Desde 2023, já disponibilizaram 8,6 milhões de reais em crédito para cooperativas e associações que trabalham na extração de produtos como castanha e açaí.