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Líderes de tribo são detidos por desmatar última reserva de araucárias do país

No Paraná, cacique e vice-cacique da tribo Kaingang foram alvo de operação da Polícia Federal, que investiga venda ilegal de madeira

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 ago 2025, 18h44 - Publicado em 21 ago 2025, 18h21

Maior remanescente contínuo de Florestas de Araucárias do mundo, a Terra Indígena Mangueirinhas, no Paraná, é chamada de última grande reserva do ecossistema no planeta. Apesar de ser peça-chave da conservação do bioma, a região tem menos de 1% da cobertura original, devido aos contínuos processos de grilagens, disputas indígenas e desmatamento acelerado. Entre 2019 e 2023, por exemplo, registros do MapBiomas identificaram 26 alertas de devastação florestal, que totalizaram uma área correspondente a quase um Parque do Ibirapuera, de São Paulo. Nesta quinta-feira, 21, o cacique José Carlos Gabriel e o vice-cacique Cristian Ricardo Carneiro, que são de uma aldeia da etnia Kaingang, foram presos pela Polícia Federal, como suspeitos de integrarem uma organização criminosa de desmatamento na terra indígena de Mangueirinhas.

O grupo, segundo as investigações, está envolvido na extração, transporte e comercialização ilegal de araucária. Apesar de ser área de preservação permanente, não é o primeiro caso de desmatamento envolvendo povos originários. Entre 2016 e 2019, lideranças de aldeias aprovaram a derrubada de 11, 5 hectares de florestas para dar lugar a áreas agrícolas. Na época, o Ministério Público chegou a entrar com uma ação civil pública, com pedido de reparação no valor de 879 mil reais e de elaboração de um plano de restauro da área atingida, com o objetivo de deter a derrubada da floresta.

Mas esta é a primeira vez que, na região, indígenas são suspeitos de participar de um esquema criminoso de venda de madeira, para obter benefícios econômicos e políticos. A Polícia Federal identificou 255 pontos de desmatamento na região. O grupo é composto de indígenas e não-indígenas e há indícios de operação estruturada, sistemática, que causou danos irreparáveis. A prisão faz parte de 17 mandados judiciais no território indígena e outras cidade próximas que a PF está cumprindo. Cinco são prisões preventivas e os demais referem-se a busca e apreensão e quebra de sigilo bancário.

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