La Niña está no fim: isso é bom ou ruim?
Para o Sul, pode significar períodos longos de estiagem e prejuízos para a lavoura, mas para o Norte e Nordeste, mais chuvas

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciou que o La Niña, evento que resfria as águas do Oceano Pacífico Equatorial de maneira anormal, deve chegar ao fim no segundo trimestre. Apesar dos avanços científicos na previsão do tempo, não é tão raro dar zebra, por isso, os especialistas dão probabilidades de 60% do evento terminar entre os meses de março, abril e maio, e 70% de minguar entre abril, maio e junho.
O fim do evento até é uma boa notícia, mas só para algumas regiões. O Norte e o Nordeste serão beneficiados. Poderá chover mais no Norte e Nordeste, situação que será acompanhada de maior variação térmica e chuvas intensas de granizo. Já na região Centro-Sul as chuvas diminuem e ficam mais irregulares. No Sul, há grandes chances de período de seca mais longos, o que significa prejuízo para o agronegócio.
Depois de um ano de El Niño, fenômeno que intensificou os eventos climáticos e aumentou as temperaturas do globo entre 2023 e 2024, os meteorologistas esperavam dias mais frescos este ano. Isso porque na sequência, havia possibilidade de o clima ser influenciado pelo La Niña, que ao contrário do El Niño, baixa às temperaturas. Ele até deu as caras, mas foi fraco.
O evento climático começou em agosto do ano passado, quando as temperaturas nas águas estavam abaixo de zero. Em dezembro, atingiu sua marca máxima, -0,5 °. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, essa marca se manteve em janeiro e fevereiro, mas agora, em março, já se observa um enfraquecimento do fenômeno.
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