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Em 2024, Amazônia teve o maior número de queimadas dos últimos 17 anos

A região queimou 43% a mais que em 2023, mas quando somada aos demais biomas, o Brasil torrou o dobro

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 dez 2024, 15h52 - Publicado em 18 dez 2024, 15h22

Pelo o que tudo indica, o pior já passou. Desde que o ano começou, as queimadas foram se espalhando pelos principais biomas brasileiros em uma escala crescente e alarmante. Até setembro, o Monitor do Fogo do MapBiomas apontava que o país havia queimado 150% a mais de área do que a média do ano passado, no mesmo período. O último abalanço mostra melhora nas condições do meio ambiente, tanto que há registro de queda de 50% na média dos incêndios nos últimos 11 meses. Até o final o final de novembro, o Brasil queimou o dobro de áreas que o ano passado.

A marca é ruim, de qualquer forma. Mas indica finalmente uma trégua do fogo, provocada pelo aumento de umidade no país. Outubro foi o mês de virada de chave, quando a maior parte das regiões teve registro de precipitações acima da média da época. São Paulo, por exemplo, viu cair 38% a mais de chuva. Além do estado paulista, a região Sudeste foi cenário de pancadas de chuvas e as precipitações ficaram em 80 mm. O Centro-Oeste foi no mesmo ritmo.

Região mais castigada, o Norte sofreu por mais tempo com a falta de chuvas que as demais regiões. Em algumas partes da região até choveu, mas bem menos que no resto do pais. Além disso, algumas áreas foram vítimas de bloqueios atmosféricos que impediram as chuvas, o que prolongou a seca e as queimadas. No início de dezembro, os incêndios no Pará derrubaram a qualidade do ar. A poluição no estado ficou 42,8 vezes superior à diretriz anual de qualidade do ar da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Maior vítima das queimadas foi a Amazônia

A Amazônia teve o maior número de focos de calor dos últimos 17 anos, de acordo com os dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) de 2024. Até o início de dezembro foram 137.538, o que inclui queimadas, controladas ou não, e incêndios florestais. O período só não foi pior do que em 2007, que registrou 186.480 focos.

Saiba porque a floresta é mais impactada pelo fogo que demais biomas

A região concentrou 50,6% de todos os focos de incêndios do país. Os incêndios nesse bioma tem consequências desastrosas. Não se trata apenas de área devastada, mas da capacidade de reação do meio ambiente de resistir ao fogo. A Floresta Amazônica é do tipo ombrófila, muito úmida. “Ela tem vários estratos que impedem a passagem do vento, além de ser mais sombreada”, diz o engenheiro Alexandre Tetto, coordenador do Laboratório de Incêndios Florestais (Firelab) e do Laboratório de Unidades de Conservação (Lucs), da Universidade Federal do Paraná (UFPR). As cascas das árvores são mais finas e as folhas mais membranosas. Por isso, o bioma sofre mais, que em outras áreas do país, dificultando ainda mais a recuperação. Rico em diversidade, o bioma é mais sensível do que se pode imaginar. Agora é esperar que a tragédia desse ano fique na história e nunca mais se repita.

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(com Agência Brasil)

Leia:

+ https://preprod.veja.abril.com.br/noticias-sobre/amazonia#google_vignette

+ https://preprod.veja.abril.com.br/agenda-verde/brasil-queimou-mais-vegetacao-nativa-do-que-area-de-pastagem-em-2024/

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