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Conheça as práticas de avistagem de baleias

No litoral norte, Ilhabela recebe as primeiras jubartes, que inciam a temporada de acrobacias aquática que vai até junho

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 Maio 2025, 18h58 - Publicado em 16 Maio 2025, 16h53

Com mais de 40 toneladas de peso, a baleia-jubarte é como um golfinho: pula, bate a cauda e ainda canta.  Parece a expressão da mais pura alegria nos oceanos, mas mesmo assim ela praticamente desapareceu, na década de 1980. Só não foi extinta de fato porque, em 1986, a caça foi finalmente proibida no Brasil. Nesta época, o que restou da população permaneceu na região da Bahia, em Abrolhos, conhecido berçário da espécie, onde existe o Projeto Baleia Jubarte, para a proteção dos animais. Durante anos, só era vista nessa região. Mas a população está em franca recuperação – já chega a 30 mil. E, atualmente, já é possível vê-la em outras praias, como nas do Espírito Santo e de Santo Paulo. Em abril, começou a temporada dessas acrobatas no canal de Ilhabela, no litoral norte do estado paulista. “Já contabilizamos pelo menos 10 ”, contou à Veja, Rafaela Souza, coordenadora do Projeto Baleia Jubarte, em Ilhabela. “Elas dão um show nas águas.”

Preocupados com a segurança da nova população que, desde 2019, passou a frequentar o local, os ambientalistas da região fizeram um guia de recomendações para promover a segurança da baleia e evitar acidentes. Trata-se de um guia de avistagem realizado com a colaboração dos projetos Great Whale Conservancy, do Baleia Jubarte, Baleia à Vista e o Terminal Marítimo Almirante Cardoso. Como o canal da ilha fica muito próximo ao Porto de São Sebastião, por onde passam embarcações gigantes, o guia é entregue a todos os comandantes de navios juntamente com a documentação de permissão de passagem. “Os marinheiros sabem que nessa época, ao entrar no canal, é preciso diminuir a velocidade, entre outras práticas, para evitar acidentes”, diz Rafaela.

O guia também contempla o turismo, que garante a proteção das baleias e também dos curiosos.  Uma das práticas importantes é manter a embarcação a 100 metros de distância do animal. Outra regra fundamental: colocar a marcha no neutro e não desligar totalmente. Deste modo,  a baleia percebe a presença do barco e ao mesmo tempo não tem risco de machucá-la. Quando o passeio acabar, o marinheiro não deve esquecer de só engatar para o arranque quando tiver certeza que está a pelo menos 100 metros de distância do mamífero. Não é raro, ela se aproximar dos barcos quando estão parados, para dar uma olhadinha. Trata-se de um bicho curioso, muito manso, mas extremamente enorme. Portanto, a ideia é garantir que os turistas tenham o mesmo cuidado e respeito que a espécie merece e, ao mesmo tempo, se protegerem de serem alvo, sem querer, de uma rabada, por exemplo. Nunca um barco deve perseguir uma baleia, nem tentar cortar o trajeto do animal.

Oficina de avistagem

O Projeto Baleia Jubarte realiza uma oficina para operadores de turismo e comandantes sobre as práticas para a correta avistagem, no dia 28 de maio, em Ilhabela, e 2 de junho em São Sebastião. Os interessados encontram mais informações no Instagram (@projetobaleiajubarte).

Leia:

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+https://preprod.veja.abril.com.br/ciencia/depois-de-escapar-da-extincao-baleias-jubartes-voltam-a-aparecer-na-costa-do-rio/

+https://preprod.veja.abril.com.br/agenda-verde/as-baleias-que-correram-risco-de-extincao-agora-estao-na-rota-do-turismo

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