Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Brumadinho: julgamento de executivos da Vale é suspenso

O pedido de vistas de um dos relatores da Comissão de Valores Mobiliários adia julgamento depois de pedido de R$ 27 milhões de multa

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 out 2024, 06h40 - Publicado em 3 out 2024, 02h47

 

Os parentes das vítimas do rompimento da Barragem de Brumadinho, da Vale, em Minas Gerais, têm sede de justiça. Passados mais de cinco anos da tragédia, o caso ainda não foi julgado pela Justiça criminal. Mas o processo administrativo sobre o caso, que apura responsabilidades, aberto por acionistas da companhia na época, evoluiu e uma audiência foi marcada para última terça-feira, 1º, na Comissão de Valores Mobiliários, no Rio de Janeiro. Os acusados são os ex-executivos Fabio Schvartsman, ex-presidente, e Gerd Peter Poppinga, ex-diretor de minerais ferrosos e carvão. Ansiosos, os representantes das associações das famílias das vítimas compareceram em peso, mas saíram frustrados.

O julgamento foi suspenso porque houve um pedido de vistas do diretor Otto Lobo, que é contra a condenação dos acusados. Isso aconteceu logo após o primeiro voto, de Daniel Maeda, que defende a punição de Popping. O relator indicou a multa de R$ 27 milhões. Por outro lado, absolveu Schvartsman, o que contrariou os representantes da associação dos familiares das vítimas, a Avabrum, tem realizado uma campanha pela punição do ex-presidente da Vale, destacando os inquéritos policiais e a denúncia do Ministério Público sobre o estado precário das estruturas da barragem na época. Não há data marcada para nova audiência.

Leia mais

+https://preprod.veja.abril.com.br/agenda-verde/caso-brumadinho-leva-ex-executivos-da-vale-ao-banco-dos-reus

Continua após a publicidade

O processo administrativo

Estão em análise possíveis infrações cometidas por Poppinga e Schvartsman envolvendo o artigo 153 da Lei Federal 6.404/1976. Conforme o dispositivo, “o administrador da companhia deve empregar, no exercício de suas funções, o cuidado e diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração dos seus próprios negócios”. 

O processo se desdobrou de um inquérito instaurado em 2019, meses após a tragédia, para averiguar o possível descumprimento de deveres fiduciários pelos executivos da Vale.

Um relatório de 38 páginas apresentado pelo relator reúne uma síntese dos argumentos da acusação e da defesa. Segundo o documento, auditorias externas contratadas pela Vale ignoraram recomendações técnicas que indicam que o fator de segurança mínimo de uma barragem deve ser 1,3. A barragem que se rompeu recebeu declarações de estabilidade em diferentes momentos, mesmo apresentando fatores de segurança abaixo de 1,1. Representantes da consultora alemã Tüv Süd, que realizou a última avaliação, afirmaram em diferentes momentos que foram pressionados pela Vale.

Continua após a publicidade

(com Agência Brasil)

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.