ANP leiloa 19 pontos de exploração de petróleo na Foz do Amazonas
Lotes foram comprados pela Petrobrás, ExxonMobil, Chevron Brasil e CNPC Brasil; Evento é marcado por protestos

A Agência Nacional de Petróleo (ANP) leiloou mais de 16 mil quilômetros quadrados de território para exploração na bacia da Foz do Amazonas, na manhã desta terça-feira, 17, no Rio de Janeiro. Ao todo, foram vendidos 19 pontos na região, 40,04% dos territórios oferecidos na Bacia. Os lotes foram comprados pela Petrobrás, ExxonMobil, Chevron Brasil e CNPC Brasil.
No total, 172 blocos exploratórios de petróleo e gás pelo país estão a venda. Lotes do Alto Xingu, região da Amazônia brasileira também foram leiloados. Localizada nos estados do Mato Grosso e Pará, a região se destaca pela rica biodiversidade e importância cultural. O espaço abriga o Parque Indígena do Xingu, além de comunidades ribeirinhas.
Manifestações
O evento é marcado pela presença de ativistas, que protestam contra a venda e e exploração dos territórios e alegam que a ação ameaça biomas, territórios indígenas e áreas de costeiras sensíveis. Os manifestantes carregam cartazes com os dizeres “Mar Sem Petróleo” e “Parem o Leilão do Juízo Final”. Eles estão sendo observados pela Polícia Militar e pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
Desde 2021, a inclusão de blocos na Cadeia de Montes Oceânicos de Fernando de Noronha vem sendo questionada por pesquisadores, sociedade civil, IBAMA, ICMBio e pelo MMA. Os riscos identificados ao explorar combustíveis fósseis na Esmeralda do Atlântico são impactos sísmicos em espécies marinhas, dispersão de óleo e colonização por espécies invasoras. Além disso, os altos barulhos de perfuração afastam animais, o que pode afetar o turismo da região.