
Roberto Carlos, uma tradição natalina brasileira
Em 1978, VEJA destacava em sua capa o especial de fim de ano da Globo com Roberto Carlos. No ar há 50 anos, a edição de 2024 pode ter sido a última da carreira do rei
TBT 20 DE DEZEMBRO DE 1978 | “A brasa ainda mora: com quase vinte anos de carreira, Roberto Carlos vence até a lei da gravidade: em seus shows e discos, ainda é um astro que sobe.”
Assim iniciava a reportagem de capa de VEJA sobre uma tradição brasileira: o especial de fim de ano do rei Roberto Carlos.
“Campeonato Carioca, a festa de lemanjá nas praias da baixada Santista, as procissões em louvor ao Senhor do Bonfim, em Salvador — uma explosão auriverde que se repete pontualmente, ano após ano, atrelado ao calendário natalino. É quando Roberto Carlos, o “Roberto”, o “brasa”, entra sempre em cena lançando seu LP anual”, iniciava o texto.
“A arte e os números que envolvem o mais popular artista da música popular brasileira são espantosos. Seria verdade que o público de Roberto Carlos, aquela meninada dos tempos da Jovem Guarda, no meio dos anos 60, cresceu com ele — e com ele envelheceu?”.
Ele não apenas manteve seus primeiros fãs fiéis como conquistou um novo público. No ar há 50 anos, Roberto Carlos gravou no dia 27 de novembro seu quinquagésimo especial de fim de ano e – talvez – o último, já que o contrato do músico com a Globo chega ao fim em março de 2025.
O show no estádio Allianz Parque, em São Paulo, reuniu 40 mil pessoas (segundo a produção do evento), relembrou as 50 edições passadas e contou com homenagens à Jovem Guarda, ao amigo Erasmo Carlos, e passeou por hits incontornáveis da carreira.
Aos 83 anos, o rei fez um show para ficar na memória de seus fãs. Além do momento clássico das rosas, ele inovou ainda com uma chuva de papéis picados em formato de pétalas e teve até fogos de artifício. Emoção é o que não faltou, afinal, já é Natal.
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