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VEJA 55 ANOS

Nicotina: a química do vício

Em 1988, VEJA destacava em sua capa um estudo americano que comparava a abstinência do cigarro com a da heroína e da cocaína. Apesar do exagero, segundo especialistas, é fato que o vício tem grandes impactos no organismo e que não há, até agora, um tratamento 100% eficaz para ajudar o fumante. Por isso, a Anvisa pretende mudar as imagens de advertência do cigarro para reforçar sobre os malefícios

Por Natália Hinoue Atualizado em 17 out 2024, 11h37 - Publicado em 17 out 2024, 11h30
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TBT 25 DE MAIO DE 1988 | “Estudo americano revela que a nicotina tem um poder de gerar dependência tão grande quanto o de drogas como a heroína e a cocaína.”

Assim iniciava a reportagem de capa de VEJA sobre o polêmico estudo da Surgeon General, a maior autoridade de saúde dos Estados Unidos, que abordava os efeitos da abstinência do cigarro no organismo daqueles que tentam parar de fumar.

Apesar da comparação, julgada por muitos especialistas como exagerada, é fato que a nicotina tem impactos devastadores na saúde.

“A fumaça que se segue à queima do tabaco contém, por exemplo, partículas de benzopireno, o principal agente cancerígeno do fumo. Traga-se também metais pesados particulados, como o arsênico e o cádmio, que se acumulam no organismo”, explicava o texto.

Outro fato é a dependência que a nicotina causa e a dificuldade de sair dessa situação. “Nenhum tratamento que ajude o fumante a abandonar o vício do cigarro tem eficácia absoluta”, comprovava a reportagem.

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Trinta e seis anos após a publicação, a pauta ainda é uma questão mal resolvida para a saúde pública, que tenta alertar sobre os riscos do cigarro como forma de prevenção.

Os principais males causados pelo tabagismo terão suas imagens atualizadas após a realização de uma audiência pública prevista para a próxima sexta-feira, 18, no auditório da Anvisa, em Brasília.

Alguns dos novos modelos têm como mote alertar pelo contraste. De um lado, está uma pessoa saudável. Do outro, a sua versão adoecida ou morta. Órgãos afetados por tumores, como língua e pulmão, também são mostrados. Há ainda um bebê hospitalizado e um corpo em um necrotério.

Todas as quintas-feiras você, leitor, poderá conferir uma edição antiga no nosso #TBT e ainda consultá-la na íntegra na home do nosso site.

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