
80 anos de Hiroshima: relembrar para não repetir
Em 1995, VEJA destacava em sua capa um especial com depoimentos dos sobreviventes do bombardeio em Hiroshima e Nagasaki. No aniversário de 80 anos da tragédia mundial, o prefeito Kazumi Matsui fez uma dura crítica às guerras na Ucrânia e Oriente Médio
TBT | Em 2 de agosto de 1995, um especial de mais de dez páginas sobre as tragédias de Hiroshima e Nagasaki era destaque na capa de VEJA.
A reportagem trazia depoimentos de sobreviventes, que só conseguiram escapar por terem se escondido embaixo dos escombros, mas que ficaram com diversas sequelas físicas, mentais e emocionais.
O médico Saburo Murata contou que os pacientes tinham “alucinações de brancura”, devido ao trauma da explosão. Além disso, havia uma alta incidência de câncer e pressão alta.
Nesta quarta-feira, 6 de agosto, o ataque a Hiroshima completou 80 anos. Três dias depois, o cenário se repetiria em Nagasaki. Os bombardeios atômicos custaram mais de 210 mil vidas e foram o ato final da Segunda Guerra.
Eles foram ordenados pelos Estados Unidos, em demonstração de força para fazer a nação oriental se render, e redesenharam a geopolítica global, marcando o início da era atômica.
Durante a cerimônia de aniversário do bombardeio em Hiroshima nesta quarta, o prefeito Kazumi Matsui criticou os conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio por terem contribuído para uma crescente aceitação de armas nucleares como forma de defesa.
Falando diretamente aos jovens, Matsui pediu que a nova geração reconheça as consequências “desumanas” que a normalização do uso de armas nucleares como forma de dissuasão pode trazer no futuro.
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