Uma pesquisa da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, concluiu que em cada oito adultos com idades entre 50 e 80 anos demonstra sinais de dependência de alimentos altamente processados.
Para chegar a essa conclusão, a equipe de cientistas usou um questionário composto por 13 perguntas para determinar a dependência por meio de dois dos 11 sintomas da doença. Além disso, os 2.163 participantes tiveram que relatar o grau de sofrimento e os problemas cotidianos que têm relacionados à alimentação.
Os resultados preocupam: 13% dos entrevistados preencheram os critérios para dependência alimentar, enquanto 44% indicaram pelo menos um sintoma. De acordo com o levantamento, as mulheres são mais propensas a experimentar dependência alimentar em comparação com os homens (18% contra 8%). Especialmente aquelas com idade entre 50 e 64 anos (22%).
A psicóloga da Universidade de Michigan, Ashley Gearhardt, diz que as perguntas da pesquisa também devem ser usadas em triagens em consultórios médicos, pois podem ajudar a diagnosticar adultos mais velhos com dependência alimentar.
“A palavra vício pode parecer forte quando se trata de comida, mas nós constatamos que nossos cérebros respondem tão fortemente a alimentos altamente processados, especialmente aqueles com alto teor de açúcar, amidos simples e gordura, quanto ao tabaco, álcool e outras substâncias viciantes”, disse Ashley. “Precisamos identificar e alcançar aqueles que entraram em padrões de uso não saudáveis e apoiá-los no desenvolvimento de uma relação mais saudável com a comida”.
Entre os sintomas mais comuns de dependência alimentar estão:
- Desejos intensos pelo menos uma vez por semana (24%);
- Incapacidade de reduzir a ingestão apesar do desejo de fazê-lo pelo menos duas a três vezes por semana (19%)
- Sinais de abstinência pelo menos uma vez por semana (17%).