Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

A.J.Finn: Uma pessoa melancólica

O escritor americano que se tornou best-seller com o livro de estreia — 'A Mulher na Janela' — relata como a depressão definiu sua vida e sua obra

Por Eduardo F. Filho
Atualizado em 4 jun 2024, 17h45 - Publicado em 10 ago 2018, 07h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Em A Mulher na Janela, uma psicóloga que vive trancada em casa vê um crime. A inspiração foi Janela Indiscreta, de Hitchcock? Sim. A premissa é semelhante, porém o que você faz com a premissa é o que interessa. Eu queria escrever sobre minha experiência com a depressão, mas sem fazer um livro depressivo. A ideia veio quando eu estava assistindo a Janela Indiscreta, no meu apartamento em Nova York, e vi a vizinha do prédio em frente de roupão, no meio da sala.

    Anna Fox, a protagonista, tem pavor de sair à rua, pois sofre de agorafobia. O senhor se identifica com ela?  Sim. Não sofro de agorafobia, mas, nas crises depressivas, houve dias em que era difícil sair de casa — ou da cama. Anna e eu gostamos de filmes antigos e temos o mesmo senso de humor. O personagem, como um filho, é um ser diferente, mas compartilha o mesmo DNA que o autor.

    Como tem sido sua convivência com a depressão e a bipolaridade? Eu me vejo como uma pessoa melancólica. A depressão foi e continua sendo a experiência que define minha vida. Nunca tentei o suicídio, porém houve períodos em que eu não sentia mais interesse em viver. Hoje, com os medicamentos certos, não estou mais tão infeliz. Passo por momentos difíceis, mas todo mundo passa.

    O senhor recebeu 1 milhão de dólares do estúdio que vai levar seu livro para o cinema. O que fez com o dinheiro?  Quitei os empréstimos que havia contraído para pagar a universidade e comprei um computador novo, para escrever o próximo livro. Minha vida não mudou. Ainda moro no mesmo apartamento.

    Seu nome verdadeiro é Daniel Mallory. Por que o pseudônimo? Eu trabalhava no mercado editorial, e não desejava que outros editores soubessem quem estava mandando o livro para avaliação. E, embora meu nome não seja segredo, não gosto de vê-lo por aí. Não queria passar por uma vitrine de livraria e ver meu nome lá.

    Publicado em VEJA de 15 de agosto de 2018, edição nº 2595

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.