Parlamentares elogiam tema da redação do Enem e criticam Bolsonaro
Candidatos escreveram sobre os desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil

Parlamentares usaram as redes sociais neste domingo, 13, para falar sobre o tema da redação do Enem 2022, os “desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”. Deputados e senadores de oposição aproveitaram a oportunidade para criticar a gestão do presidente Jair Bolsonaro em relação aos povos indígenas, quilombolas e ribeirinhos.
Sonia Guajajara (PSOL), liderança indígena e deputada federal eleita por São Paulo, falou sobre o tema da redação do Enem no Twitter. Ela é cotada para assumir o Ministério dos Povos Originários no governo de Lula. “Desde a invasão em 1500 nossos direitos tem sido violados, sobretudo, nos últimos quatro anos onde declaradamente a atual gestão, que já derrotamos nas eleições, executava sua política de extermínio dos povos originários e comunidades tradicionais”, escreveu.
https://twitter.com/GuajajaraSonia/status/1591851525680533504
A deputada Tabata Amaral (PSB-SP) elogiou a escolha do tema. “Muito importante o tema da redação do Enem. Em tempos de transição de governo, após anos de desmonte das políticas socioambientais, precisamos promover esse debate com força, sobretudo nas salas de aula”, defendeu.
https://twitter.com/tabataamaralsp/status/1591880926946287616
“Importantíssimo e necessário. Acredito que Bolsonaro zeraria por fuga ao tema”, disse a deputada Marília Arraes (PSB-PE). Em um tuíte, a deputada Erika Kokay (PT-DF) afirmou que o Brasil invisibilizou os povos indígenas nos últimos anos. Já o senador Humberto Costa (PT-PE) disse que o maior desafio para valorizar as comunidades tradicionais já foi vencido: “O maior desafio era derrotar Bolsonaro. Está feito”, escreveu.
https://twitter.com/senadorhumberto/status/1591844422240575489
Antes de assumir o Palácio do Planalto, Bolsonaro já havia deixado claro que os povos indígenas não seriam prioridade em seu governo. Nos últimos 4 anos, nenhuma terra foi demarcada, como prometido pelo presidente na campanha. A Funai foi aparelhada e conflitos e invasões em territórios indígenas passaram a ser mais frequentes.