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Com Bolsonaro, Crivella quer reeleição, mas também mira Senado em 2022

Prefeito da capital quer apoio do presidente no próximo pleito municipal e já planeja volta ao Congresso

Por Cássio Bruno Atualizado em 23 jul 2020, 15h11 - Publicado em 23 jul 2020, 14h56
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  • O impasse na volta às aulas em escolas particulares do Rio de Janeiro passa pela agenda eleitoral do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos). Enquanto ele autorizou o retorno das atividades letivas dos alunos a partir de 3 de agosto, o governador Wilson Witzel (PSC) vetou a medida por meio de um decreto pelo menos até o dia 5 do mesmo mês, ainda com o prazo podendo ser ampliado. Crivella tem se esforçado para agradar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), favorável à flexibilização das restrições de combate ao novo coronavírus, e ter o seu apoio à reeleição. VEJA apurou, no entanto, que, além de querer se manter no atual cargo, o prefeito sonha com 2022. Vitorioso ou não o pleito municipal na capital, Crivella planeja concorrer novamente ao Senado.

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    Pesquisas internas de pré-candidatos à Prefeitura do Rio apontam que o governo Jair Bolsonaro possui cerca de 35% de ótimo ou bom na avaliação do eleitorado carioca. Nos bastidores, pessoas próximas a Crivella acreditam que as chances de ele chegar ao segundo turno aumentam caso conquiste parte dos votos de simpatizantes do presidente, somados ainda à fatia fiel de evangélicos – o prefeito é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus -, e mais os eleitores beneficiados pela máquina do município, com obras de infraestrutura nos bairros, por exemplo. Por isso, em uma possível reeleição, Crivella cumpriria apenas dois anos do segundo mandato de prefeito.

    O movimento de Crivella em busca de uma cadeira no Senado ainda é discreta. A prioridade é encontrar um vice na chapa que agrade Jair Bolsonaro e o eleitorado bolsonarista. Crivella quer um nome que tenha carreira militar e experiência administrativa, conforme mostrou o jornal O Globo nesta quinta-feira, 23. Na tentativa de satisfazer o presidente, Crivella se esforça em flexibilizar o isolamento social em meio à pandemia de Covid-19. A volta às aulas é apenas uma das decisões para se aproximar do clã Bolsonaro. O prefeito já liberou jogos de futebol, a reabertura do comércio e até adotou o discurso de armar a Guarda Municipal mesmo a prática sendo proibida na Lei Orgânica do município.

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    Em 2022, cada estado terá direito a uma vaga ao Senado e não a duas, como ocorreu em 2018, quando foram eleitos Flávio Bolsonaro (Republicanos), filho mais velho de Jair Bolsonaro, e Arolde de Oliveira (PSD). O mandato de senador é de oito anos. Assim, Flávio e Arolde ficam no cargo até 2026. Eleito em 2014, o outro parlamentar do Rio é Romário (Podemos), que pode não ser candidato à reeleição, o que facilita o projeto de Crivella de não ficar sem mandato. Aliado do prefeito, com direito a indicar aliados em cargos na gestão municipal, o ex-jogador avalia concorrer para deputado federal.

    Crivella foi eleito senador pela primeira vez em 2002, com 3.243.289 votos, pelo então Partido Liberal (PL). Ele ficou em segundo lugar. Naquele ano, havia duas vagas. Sérgio Cabral (PMDB) venceu com 4.187.286 votos. Em 2010, Crivella, já no PRB, conseguiu a reeleição também na segunda posição, com 3.332.886 votos. Lindbergh Farias (PT), em primeiro, teve 4.213.749. Ao longo de todos esses anos, Crivella sempre esteve no jogo eleitoral. Em 2006, disputou o governo estadual, e, em 2008, a prefeitura. Perdeu as duas. Em 2012, assumiu o ministério da Pesca no governo Dilma Rousseff. Em sua trajetória, contou com apoio do ex-presidente Lula.

    Agora, Crivella enfrenta Wilson Witzel na retomada das atividades. Não há diálogo entre as duas autoridades. Uma decisão do Supremo Tribunal Federal garante autonomia a prefeitos e governadores determinarem medidas para o enfrentamento ao coronavírus. Ex-aliados, Witzel é hoje um dos principais adversários de Jair Bolsonaro. Auxiliares do governador ouvidos por VEJA nesta quinta-feira negaram que o decreto publicado por Witzel que veta o retorno às aulas tenha sido para atrapalhar Crivella. O governador é alvo de um processo de impeachment na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e é investigado por corrupção na área da Saúde.

    Nesta quinta-feira, uma operação do Ministério Público estadual e da Polícia Civil prendeu suspeitos em investigação sobre contratos nas gestões de Crivella e do ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), que disputará de novo a Prefeitura do Rio este ano. Os acordos foram firmados com o Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas). Segundo a força-tarefa, o Iabas recebeu 4,3 bilhões de reais da prefeitura, entre 2009 e 2019, sem prestar contas. Desse total, os promotores acreditam que 6,5 milhões de reais teriam sidos desviados dos cofres públicos.

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