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Zelensky confirma batalhas contra soldados norte-coreanos na Rússia

Presidente ucraniano afirmou que há 11 mil militares do país asiático na região russa de Kursk, que as Forças de Kiev invadiram em agosto

Por Da Redação Atualizado em 8 nov 2024, 21h13 - Publicado em 8 nov 2024, 09h12
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  • O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta sexta-feira, 8, que suas forças militares engajaram em batalhas letais contra soldados norte-coreanos na região russa de Kursk, onde os ucranianos iniciaram uma incursão há três meses. O anúncio veio poucas semanas depois de diversas agências de inteligência alertarem que a Coreia do Norte, aliada do Kremlin, enviou homens à Rússia para ajudar o Exército de Vladimir Putin na guerra.

    Zelensky disse que há 11.000 soldados norte-coreanos em Kursk, território russo que faz fronteira com a Ucrânia, onde a invasão dos militares de Kiev estagnou desde agosto.

    “Onze mil soldados norte-coreanos ou soldados do Exército norte-coreano estão atualmente presentes no território da Federação Russa na fronteira com a Ucrânia no norte do nosso país, na região de Kursk”, disse Zelensky a repórteres na cúpula da Comunidade Política Europeia em Budapeste, na Hungria, na quinta-feira, 7.

    “Alguns já participaram de hostilidades contra os militares ucranianos. Já há baixas, isso é um fato”, acrescentou, sem especificar qual dos lados sofreu as fatalidades.

    O jornal americano The New York Times reportou no início desta semana que vários soldados norte-coreanos foram mortos em um ataque “teste” junto a forças russas contra os ucranianas, citando altos funcionários dos Estados Unidos e da Ucrânia.

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    Momento tenso

    O anúncio da presença de militares da Coreia do Norte no campo de batalha ocorre enquanto os Estados Unidos e seus aliados avaliam como responder à intensificação da parceria militar entre Moscou e Pyongyang.

    A Ucrânia e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) também avaliam como a reeleição de Donald Trump nos Estados Unidos impactará o equilíbrio da guerra. Os membros europeus da aliança militar estão se preparando para a possibilidade de uma redução drástica no apoio americano a Kiev, dois anos e meio após a invasão russa.

    Diálogo Trump-Putin

    Na quinta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, fez sua primeira fala sobre a eleição dos Estados Unidos, dizendo que está pronto para dialogar com o presidente eleito, e observou que os comentários de Trump sobre o fim da guerra da Rússia na Ucrânia “merecem atenção, no mínimo”. O republicano disse que acabaria com a guerra “em 24 horas” e sugeriu que a Ucrânia deve “ceder um pouco” a Moscou.

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    “Estamos prontos”, disse o líder russo quando questionado se conversaria com Trump, enquanto discursava em um fórum na cidade turística de Sochi, no Mar Negro.

    Putin parabenizou Trump por sua vitória e elogiou sua conduta “corajosa” após uma tentativa de assassinato em julho, quando uma das oito balas disparadas contra ele pegou de raspão em sua orelha durante um comício eleitoral.

    Ao longo de sua campanha, Trump e seu companheiro de chapa, J.D. Vance, criticaram o auxílio militar americano a Kiev e fizeram comentários sugerindo que os Estados Unidos poderiam pressionar a Ucrânia a uma trégua com a Rússia. Zelensky rejeitou todas as sugestões de fazer concessões a Putin.

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