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Ucrânia x Hungria: A crise diplomática que começou com o cachecol de Orbán

O acessório do primeiro-ministro húngaro tinha uma mensagem sutil, mas que despertou raiva entre autoridades ucranianas

Por Da Redação
Atualizado em 22 nov 2022, 10h26 - Publicado em 22 nov 2022, 10h21
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  • Quem diria que um acessório tão pequeno, com um símbolo tão sutil, pudesse causar tamanha confusão. Nesta terça-feira, 22, a Ucrânia comunicou que vai convocar seu embaixador húngaro para protestar, depois que o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, foi a uma partida de futebol usando um cachecol com um mapa de sua nação bastante diferente.

    O símbolo no acessório do premiê representava uma Hungria cujo território englobava uma parte da Ucrânia, informou o Ministério das Relações Exteriores ucraniano, o que as autoridades do país que tem solo ameaçado por uma guerra em grande escala consideraram digno de protesto.

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    Na mídia ucraniana, circularam imagens de Orbán encontrando um jogador de futebol húngaro usando um cachecol que o jornal online ucraniano Ukrainska Pravda disse retratar um mapa da “Grande Hungria”, incluindo partes do território que agora pertencem aos estados vizinhos da Áustria, Eslováquia, Romênia, Croácia, Sérvia e Ucrânia.

    “A promoção de ideias revisionistas na Hungria não contribui para o desenvolvimento das relações ucraniano-húngaras e não cumpre os princípios da política europeia”, escreveu o porta-voz da chancelaria ucraniana, Oleg Nikolenko, no Facebook.

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    Nikolenko disse que a Ucrânia queria um pedido de desculpas e uma refutação de quaisquer reivindicações húngaras em território ucraniano. Mas o premiê da Hungria foi omisso ao abordar o tema em uma postagem no Facebook, também nesta terça-feira.

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    “Futebol não é política. Não leia coisas que não existem”, escreveu ele. “A seleção húngara pertence a todos os húngaros, onde quer que vivam!”

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    Os dois países entraram em conflito repetidamente nos últimos anos. A Hungria acusa a Ucrânia de chamadas “restrições” ao direito dos húngaros étnicos, que lá habitam, de usar sua língua nativa, especialmente em escolas. Em 2017, a Ucrânia aprovou uma lei restringindo o uso de línguas minoritárias em instituições de ensino.

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