O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse que o país “condena veementemente” o ataque que deixou mais de 130 pessoas mortas em Moscou na noite de sexta-feira. Em comunicado divulgado neste sábado, 23, o oficial americano escreveu: “Enviamos nossas mais profundas condolências às famílias e entes queridos dos mortos e a todos os afetados por este crime hediondo. Condenamos o terrorismo em todas as suas formas e expressamos nossa solidariedade com o povo da Rússia em luto pela perda de vidas neste evento horrível.”
O serviço de inteligência americana já havia alertado a Rússia sobre a possibilidade de um ataque terrorista no país.
A Embaixada dos Estados Unidos em Moscou emitiu um alerta de segurança em 7 de março, dizendo que seu pessoal estava “monitorando relatos de que extremistas têm planos iminentes de atacar grandes aglomerações em Moscou, incluindo concertos.”
A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Adrienne Watson, disse que o governo dos EUA havia “compartilhado essas informações com as autoridades russas de acordo com sua política de ‘dever de alerta'”. Mas, em um discurso na última terça-feira, 19, Putin afirmou que o aviso dos americanos se tratava de uma provocação, e disse: “essas ações se assemelham a chantagem descarada e a intenção de intimidar e desestabilizar nossa sociedade.”
O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque, que resultou em pelo menos 133 mortes e mais de 140 feridos. Munidos de armas e objetos inflamáveis, os agressores invadirem a casa de shows Crocus City Hall antes da apresentação da banda russa Picnic.
Em pronunciamento oficial, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, descreveu o ataque como um “ato terrorista bárbaro” e prometeu represália. “Terroristas, assassinos, desumanos… têm apenas um destino lamentável: retribuição e esquecimento”, disse.
As autoridades russas afirmaram que todos os quatro suspeitos diretamente envolvidos no ataque foram presos perto da fronteira com a Ucrânia.