Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Prisão de Lula acelera tendência conservadora na América Latina, diz ‘WSJ’

Jornal americano destaca ascensão de grupos evangélicos e insatisfação crescente com ilegalidade como fenômenos que lideram guinada à direita no país

Por Da redação
Atualizado em 9 abr 2018, 20h35 - Publicado em 9 abr 2018, 18h35
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último sábado marca uma nova baixa para o socialismo da América Latina e acelera a tendência conservadora no continente, segundo reportagem especial publicada nas versões impressa e online do jornal americano The Wall Street Journal (WSJ) nesta segunda-feira.

    Com a foto de um outdoor no qual aparece uma propaganda de Jair Bolsonaro (PSL-RJ), pré-candidato à Presidência, o jornal destaca a ascensão de grupos evangélicos e a insatisfação crescente com a ilegalidade como fenômenos que lideram a guinada à direita no país.

    De acordo com o jornal, a esquerda brasileira, “antes vista como moralmente superior”, ficou manchada por seus laços com o governo da Venezuela e pelo escândalo de corrupção na Petrobras, que desencadeou a Operação Lava Jato. Isso teria dado espaço para a parcela mais conservadora da população “sair do armário”, diz a publicação, citando o professor de relações internacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV) Matias Spektor.

    “Pautas conservadoras para relaxar as estritas leis do Brasil de acesso às armas, reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos e banir o aborto até em casos de estupro estão ganhando força no Congresso”, diz a reportagem. O movimento está deixando os cidadãos liberais preocupados, uma vez que o Brasil está entre os países com maior desigualdade do mundo, tem racismo enraizado e só começou a avançar em direitos das mulheres e minorias recentemente, segundo o jornal.

    A publicação diz ainda que a tendência conservadora na América Latina começou com o afastamento do socialismo desde o fim do boom das commodities, liderado pela China. “Com o esvaziamento dos cofres dos governos, a chamada ‘maré rosa’ das lideranças de esquerda começou a baixar, com início na eleição de 2015 na Argentina, que teve Mauricio Macri, empresário de centro-direita, como vencedor”, salienta a reportagem.

    Continua após a publicidade

    No Brasil, a ascensão do conservadorismo estaria traduzida na figura de Bolsonaro, cristão devoto que “se candidata à Presidência com uma plataforma pró-armamento, antiaborto e contra direitos dos homossexuais”, e tem cerca de 20% das intenções de voto. A reportagem ressalta a comparação frequente do pré-candidato à figura de Donald Trump. “Assim como o presidente americano, Bolsonaro é pai de cinco e agora está casado com sua terceira esposa, mas faz campanha como defensor da família tradicional”, diz o texto.

    “Seus comentários  inclusive dizer a uma deputada que ela não era bonita o suficiente para ser estuprada  são vistos como sinal de honestidade”, afirmou o The Wall Street Journal. “Em seu sétimo mandato como deputado federal, Bolsonaro continua imune aos principais escândalos do país.”

    (Com Estadão Conteúdo)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.