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Polícia reprime protestos anti-Maduro com gás lacrimogêneo na Venezuela

Manifestantes caminharam cerca de 10 quilômetros pelo leste da capital venezuelana, mas foram impedidos de avançar pela Guarda Nacional

Por Da Redação
Atualizado em 29 jul 2024, 20h46 - Publicado em 29 jul 2024, 20h32
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  • As forças de segurança da Venezuela utilizaram de gás lacrimogêneo contra os manifestantes que se reuniram nesta segunda-feira, 29, em Caracas para contestar a vitória do atual mandatário venezuelano, Nicolás Maduro, nas eleições presidenciais.

    Durante a tarde, centenas de pessoas foram às ruas em diversas zonas de concentrações. Um grupo grande de manifestantes caminhou cerca de 10 quilômetros pelo leste da capital venezuelana, chegando até um ponto próximo à rodovia principal, onde membros da Guarda Nacional e da polícia impediram a continuação dos protestos.

    Outros lugares da capital também foram palco de manifestações, inclusive bairros pobres, informou a agência de notícias AFP. Milhares de pessoas que inundaram as ruas aos gritos de “Liberdade, liberdade!” e alguns arrancaram cartazes da campanha de Maduro que estavam espalhados por postes e paredes.

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    Em vídeos compartilhados nas redes sociais, é possível escutar o som dos protestos em Petare, maior bairro popular da América Latina e antigo reduto chavista. Mais manifestações também foram relatadas em Palo Verde, Terrazas del Ávila, el Junquito, Caricuao e El Valle, e até perto do Palácio Miraflores, residência oficial da presidência.

    Diversos manifestantes seguiram as palavras de ordem da líder oposicionista Maria Corina Machado e tocaram o hino venezuelano como forma de protesto. Diversas ruas foram bloqueadas e, na rodovia Caracas-La Gauira, fileiras de pneus foram queimadas.

    Antes disso, várias pessoas se reuniram para fazer panelaços contra o resultado eleitoral, enquanto moradores de Petare entoavam gritos de: “Vai cair, vai cair, este governo vai cair!”. Os protestos também foram em direção a base aérea militar El Libertador, a maior do país.

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    Após as eleições presidenciais deste domingo, 28, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Maduro como vencedor oficial da disputa nesta segunda-feira com 51,2% dos votos, contra 44,2% do principal candidato da oposição, Edmundo González. No entanto, o resultado é contestado pela oposição venezuelana e pela comunidade internacional. De acordo com Corina, os dados do regime são “matematicamente impossíveis” e a oposição tem provas incontestáveis de que ganhou o pleito, dados esses que serão disponibilizados em um portal online.

    Nesta noite, ao lado de González, a quem chamou de presidente eleito, Corina também convocou um ato para as 11h (12h em Brasília) na terça-feira, 30.

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