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Oposição da Coreia do Sul diz que não destituir presidente é ‘segundo golpe’

Na última terça-feira, Yoon Suk-yeol declarou lei marcial para proteger país de “forças antiestatais” e “ameaças representadas pela Coreia do Norte”

Por Da Redação
9 dez 2024, 15h19

A oposição da Coreia do Sul acusou nesta segunda-feira, 9, o partido governista de aplicar um “segundo golpe” ao não destituir o presidente Yoon Suk-yeol por ter declarado lei marcial na semana passada, mergulhando o país numa crise política. Ele justificou que a medida era necessária para proteger o país de “forças antiestatais” e “ameaças representadas pela Coreia do Norte”, sem dar detalhes.

A troca de farpas acontece após uma tentativa de impeachment fracassar no último sábado, 7, por resistência do Partido do Poder Popular. A sigla alega que a saída forçada não seria necessária, já que Yoon concordou em abrir mão do poder para o primeiro-ministro Han Duck-soo.

“Este é um ato ilegal e inconstitucional de uma segunda insurreição e um segundo golpe”, disse o líder do Partido Democrata, Park Chan-dae, apelando que o partido de Yoon “pare com isso imediatamente”.

A ideia de que Yoon permaneça na Presidência, ainda que tenha delegado os poderes para o premiê, representa “uma flagrante violação constitucional sem base legal” e que atitude de colocar os próprios interesses “acima da Constituição reflete a do insurrecionista Yoon Suk Yeol”. A Carta Magna sul-coreana estabelece que o presidente deve continuar como chefe de governo e comandante-chefe do Exército a não ser que fique incapacitado, renuncie ou abandone o cargo.

Dentro dessas exceções, o chefe de Estado passa o comando ao primeiro-ministro de forma interina, até que novas eleições sejam convocadas. O Ministério da Defesa confirmou que “legalmente, (o controle das forças militares) no momento está com o comandante em chefe”. Ou seja, o aparato militar segue nas mãos de Yoon.

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Ainda nesta segunda-feira, o chefe do Escritório de Investigação de Corrupção para Altos Funcionários, Oh Dong-woon, disse que ordenou que Yoon fosse proibido de viajar ao exterior e, pouco depois, um funcionário do Ministério da Justiça, Bae Sang-up, afirmou durante uma audiência parlamentar que a ordem de proibição de viagens já havia sido assinada.

+ Crise na Coreia do Sul: Um mutirão contra o golpe

Crise política

A proibição de que Yoon deixe seu país ocorre em meio a crescentes pedidos para que ele renuncie, após o pedido de impeachment ter sido rejeitado no Parlamento. 

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No sábado, o líder sul-coreano fez um pronunciamento televisionado à nação para se “desculpar” por ter decretado a lei marcial. Ele afirmou que a decisão foi motivada por desespero e apresentou suas “sinceras desculpas ao povo que ficou chocado”, prometendo em seguida que não haveria uma segunda tentativa de adotar a medida extrema, que suspende os direitos da população civil.

Embora Yoon não tenha renunciado, o Ministério da Defesa afirmou na segunda-feira que a crescente dissidência entre altos oficiais militares contra o presidente colocou seu poder em questão.

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