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Netanyahu descarta novo cessar-fogo em Gaza até Hamas ser ‘eliminado’

Anúncio ocorre em meio à viagem do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, ao Egito, onde a possibilidade de uma pausa no confronto estaria sendo negociada

Por Da Redação
20 dez 2023, 15h10

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, descartou nesta quarta-feira, 20, a possibilidade de um novo cessar-fogo em Gaza. Em um vídeo publicado no X, antigo Twitter, o premiê afirmou que a guerra “continuará até que o Hamas seja eliminado, até a vitória”.

O anúncio ocorreu em meio a uma viagem do líder do grupo terrorista palestino, Ismail Haniyeh, ao Egito, onde a possibilidade de uma pausa no confronto estaria sendo negociada.

“Aqueles que acham que vamos parar vivem desconectados da realidade. Nós não pararemos de lutar até que os objetivos que traçamos sejam alcançados: a eliminação do Hamas, a libertação dos nossos reféns e a remoção da ameaça de Gaza”, disse. “Estamos atacando o Hamas com fogo feroz, em todos os lugares, inclusive hoje.”

Também estamos atacando seus cúmplices próximos e distantes. Todos os terroristas do Hamas, do primeiro ao último, são homens mortos andando. Eles têm apenas duas possibilidades: render-se ou morrer”, acrescentou.

https://x.com/IsraeliPM/status/1737502179919909306?s=20

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+ EUA: metade das bombas que Israel lança em Gaza é ‘sem rumo’

A visita de Haniyeh

Em entrevista à agência de notícias francesa AFP, uma fonte do Hamas, que não teve a identidade revelada, informou que as negociações no Cairo estavam focadas em “interromper a agressão e a guerra, preparar um acordo sobre a libertação de prisioneiros [palestinos] e acabar com o cerco imposto à Faixa de Gaza”, além de tratar sobre o “desenvolvimento da agressão sionista na Faixa de Gaza e outros temas”.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, disse que as tentativas de firmar um novo acordo são “muito sérias”, com expectativas de que “cheguem a algum lugar”. Ainda nesta semana, espera-se que o Conselho de Segurança das Nações Unidas dê um novo passo em direção à aprovação do projeto de resolução sobre o conflito, de forma a acelerar o envio de ajuda humanitária a Gaza.

Até o momento, os bombardeios incessantes de Israel foram responsáveis pela morte de 20 mil palestinos, a maioria mulheres e crianças. Do outro lado, cerca de 1.200 israelenses foram mortos no brutal ataque do Hamas do dia 7 de outubro. Acredita-se que ao menos 129 pessoas sequestradas ainda estejam em cativeiro em Gaza.

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+ Com discurso mais duro, Austin visita Israel para debater guerra em Gaza

Resultados da primeira trégua

Mediado pelo Catar, Egito e Estados Unidos, o primeiro acordo perdurou por uma semana e proporcionou a libertação de 105 reféns do Hamas e de 240 palestinos detidos em prisões israelenses. Não há previsão, contudo, de que a guerra chegue ao fim em breve.

O vídeo desta quarta-feira destoa, e muito, das declarações do presidente de Israel, Isaac Herzog. Na véspera, ele havia informado que o país está “preparado para outra pausa humanitária e ajuda humanitária adicional para facilitar a libertação de reféns”.

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