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Mark Zuckerberg janta com Trump na Flórida e fala em ‘renovação nacional’

Encontro simboliza uma mudança significativa na relação entre o republicano e o dono do Facebook, marcada por anos de críticas públicas mútuas e tensões

Por Da Redação 28 nov 2024, 11h36

Mark Zuckerberg, chefe da Meta, empresa-mãe do Facebook e Instagram, jantou nesta quarta-feira, 27, com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, no resort do republicano em Mar-a-Lago, na Flórida.

O jantar, realizado para que ambos discutam sobre a futura administração do país, simboliza uma mudança significativa na relação entre as duas figuras, que foi marcada por anos de críticas públicas mútuas e tensões. 

Um porta-voz da Meta confirmou que Zuckerberg se encontrou com o republicano na quarta-feira, dizendo à emissora britânica BBC que “Mark ficou grato pelo convite para se juntar ao presidente Trump para jantar e pela oportunidade de se encontrar com membros de sua equipe sobre a próxima administração.”

“Mark, obviamente, ele tem seu próprio interesse, e ele tem sua própria empresa e ele tem sua própria agenda, mas ele deixou claro que quer apoiar a renovação nacional da América sob a liderança de Trump”, disse Stephen Miller, que foi nomeado vice-chefe de gabinete para o segundo mandato de Trump. 

Relação conturbada

Trump foi banido do Facebook e do Instagram em 2021, após seus apoiadores invadirem o Capitólio, e chegou a ameaçar prender Zuckerberg caso ele interferisse na eleição presidencial de 2024. 

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A Meta restaurou a conta do ex-presidente no início de 2023. Ainda assim, o republicano continuou a atacar Zuckerberg publicamente nos últimos meses. Em julho, ele fez uma publicação em sua rede social, a Truth, ameaçando enviar fraudadores eleitorais para a prisão, citando um apelido que ele atribuiu ao CEO da Meta. “ZUCKERBUCKS, tenha cuidado!”, escreveu o republicano.

Durante a campanha de 2024, Zuckerberg não endossou nenhum candidato à presidência, mas adotou uma postura mais positiva em relação a Trump. Em julho, ele elogiou a reação do agora presidente eleito a uma tentativa de assassinato durante um comício eleitoral (aquela que rendeu a famigerada foto de um Trump ensanguentado levando o punho ao ar), o descrevendo como “durão”.

A visita ocorreu em um momento em que a Meta está no centro de um processo antitruste da Comissão Federal de Comércio (FTC). A empresa também está na mira de legisladores que defendem maior controle e a regulação das gigantes da tecnologia, demonstrando o interesse de Zuckerberg em reconstruir pontes com o governo americano que podem ser úteis no futuro. 

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