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Irã denuncia ataques de Israel em meio a troca de acusações de violação de cessar-fogo

Ministro da Defesa israelense havia ordenado novos bombardeios a Teerã após denunciar disparos contra o país; Trégua foi anunciada por Trump na segunda

Por Amanda Péchy SEGUIR SEGUINDO 24 jun 2025, 07h38 •

Emergency workers check the damage caused to a building from an Iranian missile strike in Beersheba in southern Israel on June 24, 2025. Israel said on June 24 it had agreed to US President Donald Trump's proposal for a ceasefire with Iran, on the 12th day of war between the foes. (Photo by John Wessels / AFP) — Equipes de emergência verificam os danos causados a um prédio por um ataque de míssil iraniano em Bersheba, no sul de Israel. 24/06/2025 - (John Wessels/AFP)

O porta-voz do quartel-general militar central do Irã, Khatam al-Anbiya, afirmou nesta terça-feira, 24, que Israel atacou o país em três etapas até as 9h locais (3h30 em Brasília). Mais cedo, o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, acusou Teerã de ter violado o cessar-fogo anunciado na véspera pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Os iranianos negaram ter rompido a trégua.

A TV estatal iraniana informou anteriormente que um cessar-fogo entraria em vigor a partir das 7h30 locais desta terça. As Forças Armadas do país acusaram Israel de lançar ataques após esse horário.

O principal órgão de segurança do Irã, o Conselho Supremo de Segurança Nacional, afirmou anteriormente que seu Exército “manterá as mãos no gatilho” para “responder decisivamente” a quaisquer novos ataques.

Acusações de Israel

Katz ordenou que os militares israelenses voltassem atacar Teerã em resposta ao que ele disse serem mísseis disparados pelo Irã em direção a Israel. Já o Estado-Maior das Forças Armadas iraniano negou qualquer lançamento de mísseis nas últimas horas, informou o jornal local Nour News.

“À luz da flagrante violação do cessar-fogo declarado pelo Presidente dos Estados Unidos pelo Irã — por meio do lançamento de mísseis contra Israel — e de acordo com a política do governo israelense de responder vigorosamente a qualquer violação, instruí as IDF (Forças de Defesa de Israel)… a continuar as operações de alta intensidade visando ativos do regime e infraestrutura terrorista em Teerã”, afirmou o ministro.

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Os supostos acontecimentos levantam dúvidas sobre a eficiência do cessar-fogo anunciado por Trump. Horas antes, ele postou na Truth Social: “O cessar-fogo está em vigor. Por favor, não o viole”. Israel e Irã confirmaram que haviam aceitado a trégua.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que seu país atingiu os objetivos estabelecidos ao lançar seu ataque surpresa ao Irã em 13 de junho para destruir seu programa nuclear e suas capacidades de mísseis.

“Israel agradece ao presidente Trump e aos Estados Unidos por seu apoio à defesa e sua participação na eliminação da ameaça nuclear iraniana”, afirmou.

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Já o Irã se defendeu ressaltando que seu programa nuclear é exclusivamente para fins pacíficos e nega tentar desenvolver armas nucleares. O Conselho Supremo de Segurança Nacional disse que seus militares forçaram Israel a “aceitar unilateralmente a derrota e aceitar um cessar-fogo”.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, havia dito anteriormente que o Irã interromperia seus ataques retaliatórios desde que Israel parasse de atacar às 4h da manhã em Teerã.