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EUA iniciam deportações na ‘Alcatraz dos Jacarés’, prisão de imigrantes em pântano na Flórida

Centro de detenção erguido em apenas oito dias já abriga mais de 700 pessoas; 35% não têm ficha criminal

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 jul 2025, 17h59 •

Os Estados Unidos iniciaram deportações de imigrantes detidos no recém-inaugurado centro de detenção construído no meio de um pântano no sul da Flórida, conhecido como “Alcatraz dos Jacarés”, emprestando o nome da antiga prisão de segurança máxima em São Francisco. A medida foi anunciada pelo governador Ron DeSantis, nesta sexta-feira, 25, e marca mais uma fase da ofensiva migratória republicana.

Erguida em apenas oito dias sobre uma pista de pouso militar desativada, a prisão oficialmente chamada de Centro de Detenção de Everglades tem capacidade para até 5 mil pessoas e serve como ponto de embarque para voos do Departamento de Segurança Interna (DHS). “Esses voos de deportação estão em andamento e queremos intensificar esse ritmo”, afirmou DeSantis, destacando que a antiga pista do aeroporto facilita as operações aéreas.

+ Trump inaugura ‘Alcatraz dos jacarés’, prisão para imigrantes cercada de animais selvagens

Segundo o presidente Donald Trump, a prisão seria destinada a “psicopatas perigosos”. No entanto, documentos obtidos pela imprensa mostram que 35% dos mais de 700 imigrantes detidos no local não têm qualquer antecedente criminal, além da própria permanência irregular.

Cercado por cerca de 200 mil jacarés e crocodilos, o centro foi projetado para transmitir a ideia de “tolerância zero” e dificultar fugas. Imagens oficiais divulgadas pelo governo mostram jacarés usando chapéus do ICE (o Serviço de Imigração e Alfândega), e o Partido Republicano já vende souvenirs com o animal como símbolo da repressão migratória.

Além da controvérsia política, o centro de detenção enfrenta resistência de ambientalistas, parlamentares e grupos de direitos humanos. Localizado dentro do Parque Nacional dos Everglades, o complexo foi alvo de ações judiciais por supostamente agredir um ecossistema frágil com novas estradas pavimentadas, geradores potentes e iluminação constante. Líderes indígenas também condenam a construção por se tratar de uma área sagrada.

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No sábado, uma comitiva do Congresso visitou o local e denunciou condições degradantes. Segundo o deputado democrata Maxwell Frost, celas com até 32 pessoas dividem três banheiros sem descarga, e a única fonte de água potável está acima da cisterna do sanitário. “É a mesma unidade onde se defeca. Quem precisa beber água, tem que esperar o outro terminar”, relatou.

Para a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), a construção em área remota visa dificultar o acesso jurídico e perpetuar a negligência. A entidade classificou o centro como “cruel e absurdo”. Trump, por sua vez, minimizou as críticas. “Os animais vão sobreviver. E precisamos de mais centros assim pelo país.”

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