O governo americano anunciou nesta terça-feira a expulsão de quinze diplomatas cubanos de Washington. A medida foi tomada dias após os Estados Unidos divulgarem a retirada de 60% de sua equipe diplomática da embaixada em Havana, em retaliação aos misteriosos ‘ataques sônicos’ que já atingiram 22 americanos e dois canadenses na ilha.
Em comunicado, o Secretário de Estado americano, Rex Tillerson, disse que a decisão foi tomada em razão do “fracasso de Cuba em tomar as medidas necessárias para proteger nossos diplomatas de acordo com as obrigações estabelecidas pela Convenção de Viena”. A mensagem não implica diretamente Havana como responsável pelos ataques, que vêm sendo investigados pelas autoridades cubanas com o auxílio do FBI.
Os quinze diplomatas afetados pela ordem terão uma semana para deixar o território americano. O governo de Cuba ainda não se manifestou a respeito da medida, que, segundo Tillerson, “vai garantir a igualdade em nossas respectivas operações diplomáticas”. “Continuamos a manter relações diplomáticas com Cuba, e vamos seguir cooperando na investigação desses ataques”, disse o chefe da diplomacia americana no comunicado.
De acordo com um oficial citado pelo jornal britânico The Guardian, o número de americanos afetados pelos ataques sônicos na ilha subiu de 21 para 22 desde sexta-feira, quando o governo americano anunciou as primeiras medidas de retaliação. Uma das vítimas apresentou problemas de saúde em janeiro, mas apenas agora foi estabelecida a conexão com o caso. Entre os sintomas registrados, estão perda de audição, náuseas, dores de cabeça e distúrbios de equilíbrio.