Depois do governo espanhol decretar na sexta-feira 2 um confinamento parcial em Madri para conter o avanço da Covid-19, autoridades regionais afirmaram nesta segunda-feira, 5, que duas outras cidades serão obrigadas a aplicar restrições mais firmes de isolamento social.
“A situação epidemiológica nos exige adotar novas medidas para a proteção da saúde em #León e #Palencia”, tuitou Alfonso F. Mañueco, presidente da região de Castilla e León (centro).
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Clique e AssineLeón e Palencia, duas cidades de 125.000 e 79.000 habitantes, respectivamente, devem ficar parcialmente fechadas durante pelo menos duas semanas, assim como acontece em Madri e nove municípios da periferia da capital desde sexta-feira à noite.
Na região de Madri, os mais de 4,5 milhões de habitantes afetados pelas restrições na capital e nas cidades vizinhas podem circular dentro do município, mas são autorizados a sair da capital apenas para situações específicas, como seguir para o trabalho, escola ou procurar atendimento médico, por exemplo.
Caso o número de infectados continue avançando, as medidas restritivas podem ser expandidas, segundo as autoridades. Restaurantes e bares na Região Metropolitana de Madri podem funcionar somente até as 23h e foram obrigados a reduzir sua quantidade de clientes pela metade. Academias e comércio também tiveram de reduzir sua capacidade operacional.
Os madrilenos, portanto, não estão confinados em suas casas, como aconteceu no início do ano. As novas medidas, no entanto, são difíceis de ser aplicadas, sobretudo porque a polícia continua esperando a autorização dos tribunais para multar quem não cumpre as normas.
A Espanha soma quase 790.000 casos, incluindo 32.086 mortes, sendo o país com a maior proporção de casos na comparação com sua população na União Europeia.
Em texto dirigido ao primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e aos líderes nas 17 regiões da Espanha, 56 sociedades científicas, criticam o “contínuo enfrentamento político” e a “lentidão burocrática” no combate ao novo coronavírus. O manifesto assinado pelos grupos, que representam mais de 170.000 profissionais da saúde, também cita a ausência de um protocolo nacional, além de pedir aumento de recursos para pesquisas.