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Congresso confirma vitória de Biden e Trump promete ‘transição ordenada’

Sessão começou na quarta-feira, mas foi interrompida após invasão ao Capitólio por apoiadores de Trump, que promete uma 'transição ordenada' de poder

Por Da Redação Atualizado em 7 jan 2021, 08h14 - Publicado em 7 jan 2021, 06h10
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  • O Congresso dos Estados Unidos confirmou, na madrugada desta quinta-feira, 7, a vitória do democrata Joe Biden sobre o republicano Donald Trump na eleição presidencial que ocorreu em novembro. Pouco depois, Trump reconheceu o fim de seu mandato e afirmou que fará uma “transição ordenada” de poder, apesar de “discordar totalmente do resultado da eleição”.

    “Eu sempre disse que continuaríamos nossa luta para garantir que apenas os votos legais fossem contados. Embora isso represente o fim do maior primeiro mandato da história presidencial, é apenas o começo de nossa luta para tornar a América grande novamente”, disse o atual governante, novamente sem apresentar provas de fraude.

    A sessão começou na quarta-feira, mas foi interrompida após diversos apoiadores de Trump invadirem o Capitólio, provocando cenas de caos e vandalismo na capital americana. Quem ratificou a contagem de votos no Colégio Eleitoral foi o atual vice-presidente Mike Pence, que acumula a função de presidente do Senado.

    “Para aqueles que causaram estragos em nosso Capitólio hoje: vocês não ganharam”, disse Pence ao retomar a sessão. “A violência nunca vence. A liberdade vence. Ao nos reunirmos novamente nesta câmara, o mundo testemunhará novamente a resiliência e a força de nossa democracia. E esta ainda é a casa do povo. Vamos voltar ao trabalho”, acrescentou.

    Joe Biden derrotou Trump por uma ampla vantagem no Colégio Eleitoral. Foram 306 delegados a favor do democrata contra 232 para o republicano.

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    Pouco antes da invasão ao Capitólio, Pence já havia respondido às exigências de Trump de derrubar os resultados da eleição presidencial. Apesar de ter sido um dos funcionários mais leais do líder republicano, ele confirmou que não iria impedir a certificação de Biden. Em uma carta aos legisladores, ele declarou não ter “autoridade unilateral para decidir disputas presidenciais” e não poder mudar os resultados da eleição.

    Durante um comício eleitoral na Geórgia na segunda-feira 4, Trump já havia dito que seu colega de chapa é um bom republicano, mas que “não gostará tanto dele” caso não faça “alguma coisa por nós”. Na quarta-feira, o presidente voltou a pressionar seu vice para rejeitar a confirmação da vitória eleitoral de Biden, tanto em um outro comício em Washington quanto pela sua plataforma preferida, o Twitter.

    Segundo as leis que regem o processo eleitoral dos Estados Unidos, ambas as câmaras do Congresso devem se reunir para abrir e contar os certificados dos votos correspondentes a cada estado do país. A sessão é comandada pelo vice-presidente do país e é normalmente uma mera formalidade. Porém, neste ano – seguindo o mote não convencional de todo o processo eleitoral –, havia especulações de que Pence pudesse apoiar seu chefe.

    Além de Pence, todos os estados americanos, inclusive os governados por republicanos, negaram a existência de fraude eleitoral e confirmaram o resultado das urnas – motivo pelo qual não é necessário o pronunciamento dos órgãos legislativos estaduais, como argumenta Trump.

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