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Com prótese nova, garoto afegão dança em hospital de Cabul

Filho de agricultores, Ahmad, de 5 anos, perdeu a perna direita aos oito meses de idade durante confronto entre o Talibã e forças do governo

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2019, 15h47 - Publicado em 8 Maio 2019, 14h56
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  • O vídeo do garoto afegão Ahmad, de 5 anos, dançando no Centro de Ortopedia da Cruz Vermelha em Cabul, Afeganistão, enquanto mulheres riem de seus movimentos graciosos, viralizou nas redes sociais como símbolo de crianças vítimas dos conflitos armados em seu país. O sorridente Ahmad dançou ao receber sua nova prótese, que ocupa o lugar da perna direita, na terça-feira 7.

    Segundo a rede britânica BBC, o garoto teve sua perninha atingida por tiros, durante um embate entre o Talibã e forças do governo e dos Estados Unidos, quando tinha oito meses. A amputação abaixo do joelho foi inevitável. No vídeo, filmado pelo fisioterapeuta Mulkara Rahimi, Ahmad dança logo depois de ter recebido sua quarta – e nova – prótese.

    “Ele está sempre dançando e mostrando o quão feliz está por ter uma perna artificial”, disse Rayeesa, mãe de Ahmad, à imprensa. “Estou tão feliz por ele ter recebido a prótese e por ele agora poder ser independente.”

    A música vinha de um telefone celular. Segundo o fisioterapeuta responsável por acompanhá-lo, Semeen Sarwari, Ahmad está crescendo rapidamente e precisa de uma nova prótese a cada ano. Sua primeira foi quando tinha um ano e permitiu que ele aprendesse a dançar.

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    “Ele é criança e quer brincar, quer ter uma perna e, por isso, se adapta muito rápido (à prótese)”, disse Sarwari, segundo a rede de televisão France 24. “Ele não quer ficar sentado.”

    Ahmad vive com seus pais, agricultores, na província de Logar, ao Sul de Cabul, segundo a France 24. Trata-se de região de embates frequentes entre os militantes do Talibã e o exército afegão.

    Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 3.804 civis foram mortos no Afeganistão, entre os quais 900 crianças, em 2018, considerado o ano de ataques mais fatais. Mais 7.000 ficaram feridos. O chefe da missão de assistência da ONU no Afeganistão, Tadamichi Yamamoto, afirmou haver um “número chocante” de civis sendo mortos ou feridos no país. As negociações de paz entre o Talibã e o governo afegão, porém, se desenvolvem com lentidão.

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