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Após 53 anos, ex-seguidora de Charles Manson deixa prisão

Leslie Van Houten tinha 19 anos quando participou de um assassinato como membro da 'família Manson', um dos cultos mais notórios dos EUA

Por Da Redação
Atualizado em 12 jul 2023, 11h00 - Publicado em 12 jul 2023, 09h43

Leslie Van Houten, uma antiga seguidora de um dos líderes de culto mais notórios dos Estados Unidos, Charles Manson, deixou a cadeia em liberdade condicional nesta quarta-feira, 12, depois de cumprir mais de cinco décadas de prisão perpétua por dois assassinatos.

Van Houten, hoje com 73 anos, aos 19 era membro da “família Manson” e participou do assassinato de um dono de uma mercearia em Los Angeles, na Califórnia, e sua esposa, em 1969.

Outros cinco pedidos de liberdade condicional anteriores foram bloqueados pelos governadores da Califórnia. Sua soltura foi resultado de uma apelação em um tribunal estadual. Segundo sua advogada, a liberdade condicional deve durar três anos.

Eleita “rainha do baile” quando ainda estava na escola, ela foi a seguidora mais jovem de Manson a ser condenada por assassinato. Segundo sua confissão, Van Houten segurou Rosemary LaBianca, a esposa do dono da mercearia, enquanto outra pessoa a esfaqueava. Mais tarde, ela também admitiu que esfaqueou a mulher depois que já estava morta.

Manson family members and murder suspects Susan Atkins, Patricia Krenwinkle, and Leslie van Houton.
Membros da ‘família Manson’ e culpados por assassinato: Susan Atkins, Patricia Krenwinkel e Leslie van Houten. (Getty Images/Getty Images)
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O episódio ocorreu poucos dias após o assassinato da atriz Sharon Tate, grávida de oito meses, e outras quatro pessoas em sua casa por outro quarteto de membros da “família Manson”.

Charles Manson instruiu seus seguidores, no total, a cometer nove assassinatos. Ele esperava que os assassinatos iniciassem uma guerra racial, chamada de “Helter Skelter”, homônima da famosa canção dos Beatles. O líder de culto morreu na prisão em 2017.

Após sua sentença de prisão perpétua, Van Houten obteve o diploma de bacharel e mestre enquanto estava na prisão, onde também trabalhou como tutora de outros presidiários.

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Nas repetidas audiências de liberdade condicional, a ex-seguidora de Manson lamentou seu papel nos assassinatos e o envolvimento com com o culto. Mais tarde, chegou a reconhecer que ela deixou que o líder dominasse seu “pensamento individual”.

“Eu comprei tudo o que ele disse”, afirmou durante uma audiência de liberdade condicional em 2002. “Acreditei de olhos fechados”.

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, embora tenha decidido não bloquear a libertação de Van Houten, disse que continua desapontado com sua saída da prisão.

“Mais de 50 anos depois que o culto de Manson cometeu esses assassinatos brutais, as famílias das vítimas ainda sentem o impacto”, disse em comunicado.

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