‘World nunca prometeu dinheiro a ninguém’, diz projeto de coleta de íris
Posicionamento vem em resposta a notícias de brasileiros que reclamaram do app e da forma de pagamento

Após notícias de que alguns brasileiros que escanearam suas íris e as cederam ao projeto World reclamaram do suporte do aplicativo e afirmaram ter tido dificuldades com o acesso à remuneração, a World se posicionou, afirmando que “nunca prometeu dinheiro a ninguém”.
Em nota a VEJA, a empresa afirma que a remuneração aos participantes foi, na verdade, um token digital opcional e voluntário como incentivo para que usuários verificados participem do ecossistema da World e “explorem diversos Mini Apps, como jogos online, recargas de celular e doações, entre outros.”
Em relação à dificuldade encontrada por algumas pessoas em acessar suas contas no aplicativo da World, o projeto diz que oferece um canal de suporte na plataforma, pelo qual os atuais participantes podem esclarecer suas dúvidas a respeito dos tokens.
Além disso, a World reforça que é essencial que os usuários façam o backup do app no local de sua preferência ou incluam um número de celular para recuperar a sua conta, o que é opcional. “Não há período mínimo em que o World App precise estar instalado, podendo haver a desinstalação e a reinstalação, desde que tenha sido realizado o backup.”
Na última terça-feira, 11, a Tools For Humanity, empresa que colabora com a World, anunciou a suspensão temporária da coleta de íris dos brasileiros, na mesma semana em que a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) proibiu o projeto de remunerar pessoas pela coleta de sua biometria e exigiu que fosse cumprida a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Em resposta, a companhia afirma que respeita a decisão da ANPD e que “será necessário tempo para cumprir com a sua ordem”. Os espaços físicos da World permanecerão abertos para fornecer educação e informações ao público.
O projeto é liderado por Sam Altman, CEO da OpenAI, e tem como objetivo diferenciar seres humanos de robôs e inteligências artificiais (IA) ao desenvolver uma World ID para cada usuário humano, espécie de “passaporte” que serve como uma “prova de humanidade”. A companhia recomenda o acesso ao blog para que o público se informe sobre os trâmites do projeto.