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“Vivemos a sexta grande extinção de biodiversidade”, diz André Guimarães

Diretor do IPAM e membro da Coalizão Brasil alerta para riscos ambientais e destaca papel do país na COP30

Por Diogo Schelp Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 ago 2025, 10h08 • Atualizado em 22 ago 2025, 13h42
  • “Vivemos a sexta grande extinção de biodiversidade”, diz André Guimarães “Vivemos a sexta grande extinção de biodiversidade”, diz André Guimarães
  • O mundo atravessa sua sexta grande extinção em massa – e, pela primeira vez, causada pela atividade humana. O alerta é de André Guimarães, diretor executivo do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), membro da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura e enviado especial da sociedade civil para a COP30, a conferência do clima da ONU que será realizada em novembro em Belém (PA). Em entrevista ao programa VEJA+Verde, Guimarães defendeu que a preservação da Amazônia não é apenas uma pauta ambiental, mas a chave para o futuro da produção de alimentos e da economia brasileira.

    “Diferentemente das cinco extinções anteriores, provocadas por meteoros ou eventos naturais, esta é obra da humanidade. Poluímos oceanos, rios, solos e a atmosfera. Temos de repensar nossa relação com a natureza”, afirmou Guimarães.

    Para o especialista, o Brasil está diante da oportunidade de liderar um dos maiores debates globais: como conciliar produção agropecuária, conservação ambiental e segurança alimentar. Segundo ele, 90% da agricultura brasileira depende da chuva, mantida pelos ciclos da floresta. “Conservar a Amazônia passa a ser a diferença entre o sucesso ou o fracasso da humanidade neste novo ciclo”, disse Guimarães.

    Entre as agendas prioritárias para a COP30, segundo a Coalizão Brasil, o especialista destacou o combate ao desmatamento ilegal, responsável por metade das emissões de carbono do país; a restauração florestal em áreas degradadas, como margens de rios, fundamentais para segurança hídrica e energética; e o fomento à bioeconomia, especialmente a socio-bioeconomia baseada em cadeias sustentáveis de produtos da floresta, como açaí, cacau e óleos nativos.

    O pesquisador também criticou a aposta na exploração de petróleo na Margem Equatorial, defendendo que o país invista em energias renováveis e biocombustíveis: “Se há um país que pode liderar alternativas ao petróleo, esse país é o Brasil.”

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    Para Guimarães, a COP30 precisa deixar claro o sentido de urgência: “Não dá para esperar. Eventos extremos como secas prolongadas na Amazônia e enchentes no Sul já custam caro para o Brasil. Precisamos agir agora.”

    O VEJA+Verde, conduzido pelo editor Diogo Schelp, reúne empresários, autoridades e especialistas para discutir como conciliar desenvolvimento econômico e preservação ambiental. A série integra o projeto de VEJA para a cobertura da COP30.

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