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Vacina contra aftosa foi uma das causas do embargo à carne

Ministro da Agricultura afirmou que a reação ao medicamento não oferece risco à saúde pública

Por Da redação
Atualizado em 23 jun 2017, 13h24 - Publicado em 23 jun 2017, 13h23

Os Estados Unidos suspenderam a importação da carne bovina “in natura” do Brasil na última quinta-feira devido a recorrentes preocupações com a segurança sanitária dos produtos. Um dos motivos que influenciou a decisão norte-americana foi a vacina contra a febre aftosa aplicada nos animais e que teria deixado resíduos na carne brasileira.

Ainda na quarta-feira, o Ministério da Agricultura havia suspendido as exportações de cinco frigoríficos para o país norte-americano, depois de autoridades sanitárias identificarem irregularidades provocadas pela reação à vacina de febre aftosa. A proibição continuará em vigor até que sejam adotadas “medidas corretivas”, disseram técnicos do ministério.

No mesmo dia o ministro Blairo Maggi garantiu que a reação à vacina não oferece risco à saúde pública, ao ser questionado sobre um sinal (caroço) encontrado em carne exportada aos Estados Unidos. A declaração não impediu a suspensão norte-americana.

Antes de embarcar aos Estados Unidos para tentar reverter a medida tomada pelos americanos na manhã desta sexta-feira, o ministro Maggi afirmou que o governo está atento ao tema. “Não é um assunto que nasceu hoje, muito provavelmente os problemas que vêm ocorrendo são em função da reação a componentes das vacinas aplicadas no Brasil. Vamos abrir uma investigação para ver os reagentes que estão sendo utilizados”.

Desde quarta-feira, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está adotando medidas para evitar reação da vacina aftosa. O órgão irá formalizar pedidos aos laboratórios produtoras da vacina para que reduzam a dose atual de 5 ml para 2 ml. 

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O diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa e presidente da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa), Guilherme Marques, observou que o Brasil é livre da febre aftosa e, portanto, não é preciso mais utilizar uma dose reforçada. “A intenção é retirar totalmente a vacinação do país entre 2019 e 2023, quando o Brasil deverá ser reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livre da doença sem vacinação”.

A Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne (ABIEC) afirmou em comunicado que as exportações para os Estados Unidos devem ser retomadas a curto prazo, depois da apresentação das medidas para correção das irregularidades encontradas. “A entidade reafirma que a indústria de carne bovina brasileira atua com responsabilidade e segue altos padrões de vigilância sanitária severamente auditados e monitorados”.

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