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Trump pressiona Fed, mas evita demitir Powell por temer crise financeira

Fontes do NYT afirmam que o presidente teme uma crise econômica como a de 1929

Por Camila Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 abr 2025, 18h05

O assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, disse nesta sexta-feira, 18, que Trump e sua equipe cogitam demitir o presidente do Fed, Jerome Powell. “O presidente e sua equipe continuarão a estudar o assunto”, respondeu a repórteres, após ser questionado sobre asta possibilidade. A declaração veio um dia depois de Trump acusar Powell de “fazer política” ao não cortar os juros e afirmar que poderia tirá-lo do cargo “muito rapidamente”.

Nos bastidores, porém, aliados reconhecem que Trump sabe dos riscos econômicos envolvidos nesta decisão. Segundo fontes ouvidas pelo jornal americano The New York Times, assessores vêm alertando que destituir Powell aumentaria a instabilidade nos mercados – já sacudidos por medidas do próprio presidente, como a ofensiva tarifária que derrubou bolsas e provocou uma fuga de capitais dos títulos do Tesouro americano.

O medo é de uma crise econômica em escala “1929”, como o próprio Trump tem dito em conversas privadas, apontou o NYT. Isso porque, desde o anúncio das tarifas recíprocas, em 2 de abril, cresceram os temores de aumento da inflação e desaceleração da economia.

A discussão sobre a autoridade presidencial para demitir dirigentes de agências independentes ganhou novo fôlego após decisões recentes do governo. Trump já removeu chefes da Comissão Federal de Comércio e do Conselho Nacional de Relações Trabalhistas, e agora o Supremo dos EUA vai julgar se ele tinha esse poder – o que desafia um precedente de 1935 que protege a autonomia dessas instituições.

Mesmo que não haja uma ação imediata, o governo já avalia nomes para substituir Powell após o fim de seu mandato, em 2026. Um dos cotados é Kevin Warsh, ex-diretor do Fed e próximo ao secretário do Tesouro, Scott Bessent.

Powell, por sua vez, tem defendido publicamente a independência do Fed e o foco no combate à inflação. Em evento recente, disse que o banco deve evitar que aumentos pontuais de preços se tornem uma espiral inflacionária.

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O dirigente do Fed também tem relembrado publicamente que a independência da instituição é garantida por lei e amplamente reconhecida por lideranças em Washington. Ainda assim, de acordo com o NYT, o banco central americano acompanha de perto os desdobramentos legais no Supremo, consciente de que sua autonomia pode estar em jogo.
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