Economia

Trump descarta exceções para tarifas sobre aço e alumínio

O presidente americano reiterou no domingo, 16, que não pretende recuar

Por Luana Zanobia SEGUIR SEGUINDO 17 mar 2025, 11h21

A política comercial de Donald Trump segue em linha com sua retórica protecionista, mesmo diante de críticas globais e domésticas. O presidente americano reiterou no domingo, 16, que não pretende recuar na imposição de tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio, e que não haverá exceções.

Trump mantém firme sua visão de que essa medida é essencial para “reequilibrar” a balança comercial dos Estados Unidos, que há décadas apresenta déficits consistentes.

Contudo, a política de tarifas é controversa. Economistas apontam que, ao elevar os custos de importação, essas medidas podem resultar em aumento de preços para os consumidores e, potencialmente, em retaliações de outros países, prejudicando exportadores americanos. Além disso, críticos argumentam que o impacto positivo nas indústrias nacionais pode ser limitado, dado o atual estágio de globalização das cadeias produtivas. Indústrias que dependem de insumos importados, como a automobilística, já expressaram preocupação com o aumento nos custos de produção.

A decisão de manter as tarifas também reflete o estilo de liderança de Trump, que privilegia gestos de força e ação direta em vez de diálogo multilateral. As tensões comerciais resultantes colocam em xeque décadas de políticas voltadas à abertura de mercados e ao fortalecimento de alianças comerciais.

Ainda assim, Trump insiste que a estratégia de tarifas é benéfica. Segundo ele, bilhões de dólares já estão fluindo para os EUA como resultado dessas políticas, e a partir de abril, quando novas taxas alfandegárias “recíprocas” entrarem em vigor, os benefícios serão ainda mais evidentes. Para ele, o sucesso dessa abordagem será medido não apenas pela revitalização da indústria siderúrgica, mas pelo fortalecimento da “autossuficiência” americana, um princípio central de sua agenda e refletido em seu conhecido lema: “Fazer a América grande novamente.”