ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Tebet, Alckmin e outros ministros podem perder lugar se MP caducar

Medida Provisória que reorganiza Esplanada dos Ministérios perde validade no dia 1º; se não for aprovada, 'superministério' da Economia volta a valer

Por Larissa Quintino Atualizado em 31 Maio 2023, 18h49 - Publicado em 31 Maio 2023, 17h42

A corrida contra o tempo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para acertar a relação com o Congresso Nacional, em especial com a Câmara dos Deputados e o presidente da casa, Arthur Lira (PP-AL), passa em evitar uma crise institucional em algo que já parecia decidido: a escalação dos ministérios. Caso o governo não consiga aprovar a proposta no Congresso até as 23h59, a estrutura dos ministérios volta a ser a que vigorava no governo Bolsonaro. Com isso, 17 ministros ficarão sem lugar.

Entre os ministros que ficarão sem pasta estão o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), à frente do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e a terceira colocada na corrida presidencial de 2022, Simone Tebet (MDB), ministra do Planejamento – acomodada na Esplanada para sinalizar o compromisso do presidente com a Frente Ampla construída para a vitória de Lula sobre Bolsonaro no ano passado. As pastas dos dois, assim como o Ministério da Gestão de Esther Dweck, foram desmembradas e recriadas. No governo de Jair Bolsonaro, essas pastas foram abarcadas pelo “superministério” da Economia, comandado por Paulo Guedes. No caso da perda da validade da MP, o hoje ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assumiria o Ministério da Economia, já seus colegas de área econômica ficariam oficialmente sem lugar.

Entre os ministérios desmembrados também estão o do Trabalho e de Previdência Social, comandados por Luiz Marinho (PT) e Carlos Lupi (PDT), respectivamente. As pastas eram uma só no governo de Bolsonaro, assim como o Ministério da Infraestrutura – que foi desmembrado para a pasta dos Transportes, sob o comando de Renan Filho (MDB), e de Portos e Aeroportos, de Márcio França (PSB). Mais um exemplo de ministério desmembrado é o da Agricultura. De um, no governo Bolsonaro, se tornou três na gestão de Lula. Além do MAPA, comandado por Carlos Fávaro (PSD), há o ministério da Pesca e Aquicultura, comandado por André de Paula (PSD), e Desenvolvimento Agrário, de Paulo Teixeira (PT).

Durante a transição, o governo Lula decidiu desmembrar, recriar e criar outros ministérios para acomodar aliados em busca de uma governabilidade  e também marcar posições sobre bandeiras fundamentais da gestão Lula 3. Entre as pastas recriadas estão os ministérios do Esporte e Cultura, por exemplo. Nas pastas criadas, o Ministério dos Povos Originários e da Igualdade Racial.

A votação da medida provisória ficou para a manhã desta quarta-feira. Sua validade só vai até as 23h59 de quinta-feira. Se a Câmara aprová-la, ainda precisa passar pelo Senado – e, se sofrer alterações, retorna para nova análise dos deputados. Confira, abaixo, os ministros que podem perder lugar na Esplanada se a MP caducar:

– Ana Moser, ministra do Esporte

Continua após a publicidade

– André de Paula, ministro da Pesca e Aquicultura

Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial

– Carlos Lupi, ministro da Previdência Social

– Cida Gonçalves, ministra da Mulher

Continua após a publicidade

– Esther Dweck, ministra de Gestão

Geraldo Alckmin, ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

– Jader Filho, ministro das Cidades

Luiz Marinho, ministro do Trabalho

Continua após a publicidade

Márcio França, ministro dos Portos e Aeroportos

– Margareth Menezes, ministra da Cultura

– Renan Filho, ministro dos Transportes

– Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário

Continua após a publicidade

– Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social

– Simone Tebet, ministra do Planejamento

– Sonia Guajajara, ministra dos Povos Originários

– Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social

Continua após a publicidade

 

Dos ministros, dois deles poderiam voltar para assumir o ministérios de Infraestrutura e o da Cidadania, que existiam durante o governo Bolsonaro, mas foram desmembrados no governo Lula pela MP. Outro ministério criado por Lula foi o de Relações Internacionais, chefiado pelo ministro Alexandre Padilha. No caso de não votação, a pasta não seria extinta, apenas rebatizada com o nome antigo de Secretaria de Governo, como foi no governo do ex-presidente Bolsonaro.

 

– … Leia mais em https://www.cartacapital.com.br/politica/os-ministerios-de-lula-que-podem-ser-impactados-em-caso-de-nao-votacao-da-reforma-ministerial/. O conteúdo de CartaCapital está protegido pela legislação brasileira sobre direito autoral. Essa defesa é necessária para manter o jornalismo corajoso e transparente de CartaCapital vivo e acessível a todos

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas R$ 5,99/mês*
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Nesta semana do Consumidor, aproveite a promoção que preparamos pra você.
Receba a revista em casa a partir de 10,99.
a partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.