Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Taxação do super-ricos ganha apoio de líderes globais no G20

Essa é a primeira vez que a taxação é mencionada na carta final da cúpula. Governo calcula que medida poderia gerar até US$ 250 bilhões por ano

Por Da Redação 19 nov 2024, 12h19

O primeiro dia de reunião do G20, realizada no Rio de Janeiro, incluiu, pela primeira vez, a taxação dos super-ricos na carta final da cúpula, divulgada na segunda-feira, 18. A proposta, que foi uma das principais bandeiras defendidas pela presidência brasileira a frente do grupo, recebeu apoio de líderes globais em um momento em que as desigualdades econômicas alcançam patamares críticos.

O documento, assinado pelos chefes de Estado e governo presentes, traz uma menção direta à tributação progressiva, que aumenta a carga fiscal sobre os mais ricos. “Com total respeito à soberania tributária, nós procuraremos nos envolver cooperativamente para garantir que indivíduos de patrimônio líquido ultra-alto sejam efetivamente tributados”, afirma o texto. Até mesmo o presidente da Argentina, Javier Milei, que demonstra resistência ao tema, acabou cedendo.

A ideia de taxar os super-ricos já havia sido introduzida na Declaração Ministerial do G20 sobre Cooperação Tributária Internacional, mediada pelo governo brasileiro. “Nunca antes o mundo teve tantos bilionários. Estamos falando de 3 mil pessoas que detêm quase US$ 15 trilhões em patrimônio. Isso representa a soma das riquezas do Japão, da Alemanha, da Índia e do Reino Unido. É mais do que se estima ser necessário para os países em desenvolvimento lidarem com a mudança climática”, defendeu Lula na ocasião, em junho.

Apesar do simbolismo, o documento final do G20 não define uma alíquota específica para a taxação dos super-ricos. O Ministério da Fazenda brasileiro, no entanto, calculou que um imposto global mínimo de 2% sobre as fortunas bilionárias poderia gerar até US$ 250 bilhões por ano – o equivalente a R$ 1,4 trilhões. Este montante seria suficiente para impulsionar investimentos em áreas críticas, como saúde, educação e infraestrutura, em países que enfrentam crescentes desafios fiscais.

Embora a taxação dos super-ricos represente um avanço significativo no campo da justiça fiscal, a implementação prática dessa política ainda enfrenta obstáculos. A resistência de alguns países e os desafios técnicos de uma tributação coordenada em escala global podem limitar o impacto imediato da proposta. No entanto, o consenso alcançado no G20 demonstra que a desigualdade econômica, por muito tempo ignorada em discussões multilaterais, está finalmente no centro da agenda política mundial.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.