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Setor de serviços sustenta o crescimento do PIB de 2018

O indicador foi responsável por 75,8% do Produto Interno Bruto, que subiu 1,1% no ano passado

Por André Romani, Larissa Quintino Atualizado em 28 fev 2019, 14h15 - Publicado em 28 fev 2019, 13h42

O setor de serviços foi o grande carro-chefe do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2018, divulgado nesta quinta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta no setor foi de 1,3%. Nos serviços estão inclusas atividades como, por exemplo, comércio, salões de beleza, imobiliárias, oficinas mecânicas, agências de turismo, escritórios de advocacia, entre outros. 

De acordo com a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Cláudia Dionísio, a estabilização da economia, com inflação e juros baixos, contribuiu para o avanço do segmento. “Essas atividades foram beneficiadas por um mercado mais estabilizado, aliado à inflação mais controlada e pelo desemprego ligeiramente menor que o do ano passado”, apontou.

O indicador foi responsável por 75,8% do PIB. Em 2018, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país subiu 1,1%.

A categoria apresentou o maior desempenho entre as que compõem o PIB, com crescimento de 1,3%. Além disso, é composta por sete atividades e todas elas apresentaram crescimento. A atividade imobiliária, que avançou 3,1%, foi um dos destaques do setor, seguida por comércio (2,3%) e transporte, armazenagem e correio (2,2%).

O consumo das famílias cresceu e isso é refletido no comércio e também na parte de outros serviços, que foram puxados mais pelas famílias do que pelas empresas”, destaca Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro IBRE. “No fim das contas, o que sustentou o resultado foi o consumo das famílias”, resume.

Para o professor Ahmed Khatib, do curso de ciências contábeis da FECAP, o aumento do setor de serviços e também do consumo das famílias não significa necessariamente um aumento de empregos. Alguns benefícios como Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e seguro-desemprego podem ter ajudado no aumento do consumo.

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Já o setor imobiliário, apesar do saldo positivo, contém algumas especificidades. Dentro da análise, entra também o volume de aluguéis e não só de compras. Assim, não necessariamente o crescimento é resultado de grandes vendas na atividade. “Muitas pessoas podem, por exemplo, ter vendido seus imóveis e partiram para o aluguel”, exemplifica ele.

(Com Estadão Conteúdo)

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