Setor de eletroeletrônicos cresceu em média 5% em 2018, aponta associação
Expectativa para o setor era alta, de 15%, mas greve dos caminhoneiros e incerteza política seguraram o desempenho do ramo
O volume de vendas do setor de eletroeletrônicos cresceu em média 5% em 2018. A expectativa para o ano era de 15%, mas fatores como a greve dos caminhoneiros e a incerteza política seguraram as compras. Os dados foram informados pela Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros).
Em número brutos, a linha branca – jargão no setor para produtos como fogão, geladeira, lavadora de roupa, entre outros, – vendeu 14,6 milhões de unidades em 2018, contra 13,9 milhões no ano passado.
As vendas de ar condicionado também aumentaram, com o modelo janela crescendo 65% e a linha split, 3%. “O intenso calor, associado à troca de muitos aparelhos mais antigos, explicam bem esses números”, diz José Jorge do Nascimento, presidente da entidade. Nesse sentido, os ventiladores também tiveram um ano positivo, passando de 9,8 milhões de unidades para 10,4 milhões no mesmo período, uma alta de 6%.
Nos produtos eletrônicos, conhecidos como linha marrom, destaque para a produção de televisores, que teve aumento de 1% no período, saindo de 11,3 milhões de unidades em 2017 para 11,5 milhões em 2018. “A previsão, apenas em televisores, para 2019, é de fecharmos com 12 milhões de aparelhos”, acrescentou ele.
Apesar de positivos, os números estão abaixo do esperado. No início de 2017, a entidade anunciou a expectativa de fechar o ano com crescimento de 15%. Para Nascimento, o desempenho foi bom, principalmente quando se leva em conta o quanto o setor sofreu com reajustes de matérias-primas como plástico e aço, a greve dos caminhoneiros e os problemas que se seguiram relacionados ao valor do frete e com a incerteza política da eleições, que seguraram o consumo.
“Em 2019 esperamos crescer entre 5% e 10%, estamos confiantes na gradual recuperação da economia, em medidas econômicas que estão sendo anunciadas e também na aprovação das reformas, sobretudo da Previdência Social”, completa o presidente da Eletros.