Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Selic a 11,25%? Copom deve acelerar o ritmo do aperto monetário

Comitê do Banco Central anuncia nesta quarta-feira sua decisão, e expectativa é de alta de 0,5 ponto. Incerteza fiscal e desvalorização cambial estão no cenário

Por Luana Zanobia, Larissa Quintino Atualizado em 6 nov 2024, 16h35 - Publicado em 6 nov 2024, 08h41

O Comitê de Política Monetária (Copom) deve anunciar nesta quarta-feira, 6, a decisão sobre a taxa básica de juros, a Selic. É consenso no mercado que o colegiado do Banco Central (BC) subirá a taxa em 0,5 ponto, um novo aumento após o ajuste de 0,25 ponto na última reunião. Com isso, a Selic passará para 11,25% ao ano.

Desde 2023, a Selic passou por cortes significativos, saindo de 13,75% para 10,50%, em agosto. No entanto, o cenário mudou significativamente nos últimos meses. Agora, a previsão é que a Selic encerre o ano em 11,75%, o que implica dois aumentos de 0,50 ponto percentual nas últimas duas reuniões do ano.

O aperto monetário está ligado à piora das expectativas de inflação. Analistas consultados pelo BC elevaram pela quinta semana consecutiva suas projeções de inflação para 2024. De acordo com o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 4, o IPCA deve fechar o ano em 4,59%, uma alta de 0,04 ponto percentual em relação à previsão da semana anterior. A projeção supera o teto da meta, que tem um centro de 3% e uma margem de tolerância de até 4,5%.

A desancoragem das expectativas inflacionárias está sendo alimentada pela desvalorização cambial e pelo aumento do risco fiscal. O dólar recentemente atingiu seu maior valor em quatro anos, aproximando-se de R$ 5,90, o nível mais alto desde o início da pandemia, em 2020. Com a vitória de Donald Trump nas eleições americanas, a moeda tem tendência maior de valorização, o que deve pressionar ainda mais o câmbio. A alta do dólar preocupa, pois intensifica a pressão inflacionária, ao encarecer produtos importados.

No quadro fiscal, a expectativa é pelo anúncio do pacote de corte de gastos prometido pelo governo. Adotar uma postura mais austera é fundamental para a sustentabilidade do arcabouço fiscal. Porém, a demora no anúncio tensiona ainda mais a expectativa de inflação e, consequentemente, os juros.

Continua após a publicidade

PIB

O crescimento econômico também é outro ponto que tensiona a política monetária. O Boletim Focus prevê um crescimento de 3,10% para 2024, o que indica um cenário de aquecimento da economia, mas também uma possível complicação no controle da inflação. Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, alerta que “esse crescimento, embora bem-vindo, pode intensificar as pressões inflacionárias, tornando a tarefa do Banco Central ainda mais desafiadora”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.