Reforma da Previdência não pode mais ser alterada, diz Meirelles
O ministro da Fazenda afirmou que o projeto de reforma da Previdência não pode ser fundamentalmente alterado daqui para frente
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quinta-feira que o projeto de reforma da Previdência não pode ser fundamentalmente alterado daqui para frente e que as alterações que já ocorreram estão dentro de nível previsto.
“A reforma da Previdência é fundamental. O projeto, como está, assegura isso, e não pode ser fundamentalmente alterado daqui para frente, algo que modifique muito esse percentual”, disse Meirelles.
Meirelles reiterou que o projeto como está hoje assegura 76% das economias fiscais na comparação com o texto original proposto pelo governo. O ministro voltou a enfatizar que o Brasil é uma democracia e, por isso, negociações com o Congresso eram esperados. “Prevalece o estado de direito e a negociação com o Parlamento, como em qualquer país do mundo, é uma necessidade democrática”, disse ele, ressaltando que as mudanças das regras previdenciárias repercutem em toda a população.
Na véspera, a comissão especial sobre a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados deu aval ao texto-base da proposta, que incluiu novas alterações feitas pelo relator Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), incluindo o acesso mais cedo à aposentadoria para policiais legislativos.
Para Meirelles, a proposta ainda mantém parte importante das medidas. O ministro também ressaltou que para o país retomar o equilíbrio fiscal será preciso que volte a crescer — o que, na sua visão, já está acontecendo.
Segundo ele, o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer 0,8% no primeiro trimestre, taxa considerada “bastante relevante”. “Esperamos um crescimento da economia, considerando o final do ano de 2017 sobre o início do ano, de cerca de 3,7%. E esperamos entrarmos em 2018 crescendo ao ritmo de 3,0% ao ano.”
Com a aprovação da reforma da Previdência, a volta do crescimento econômico e o controle de despesas públicas, Meirelles disse que o governo terá condições de fazer a dívida se estabilizar e em seguida começar a cair. “Vai cair substancialmente nos próximos 10 anos”, disse ele ao falar da relação dívida/PIB, um dos indicadores de solvência de um País e número monitorado de perto por investidores internacionais e agências de classificação de risco.
(Com Reuters, Agência Brasil e Estadão Conteúdo)