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Produção industrial recua pelo 2º mês consecutivo, mostra IBGE

Apesar da retração generalizada em novembro o saldo do acumulado do ano é positivo. A produção industrial encontra-se 1,8% acima do patamar pré-pandemia

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 jan 2025, 09h46

A produção da indústria nacional recuou 0,6% em novembro, ante outubro, informou o IBGE, nesta quarta-feira, 8. O resultado marca segundo mês consecutivo de queda e uma perda acumulada de 0,8% na produção.  O desempenho ficou ligeiramente acima do esperado pelo mercado, que estimava um recuo de 0,7% no período.

O saldo no ano de 2024, no entanto, é positivo. No resultado acumulado o avanço é de 3,2%  Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria cresceu 1,7% em novembro de 2024, marcando a sexta taxa positiva consecutiva.

A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, avançou 3,0% em novembro, permanecendo com taxa positiva e intensificando o ritmo de expansão frente aos resultados dos meses anteriores.

Com esses resultados, a produção industrial encontra-se 1,8% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020), mas 15,1% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011, segundo o IBGE.

Retração generalizada

Em novembro, a produção industrial brasileira caiu  em praticamente todos os setores analisados, com destaque para o impacto negativo de 19 dos 25 ramos industriais pesquisados. 

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Entre as atividades mais afetadas, o segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias sofreu uma queda expressiva de 11,5%, interrompendo dois meses consecutivos de alta que haviam acumulado um avanço de 12,7%.

De acordo com André Macedo, gerente da PIM Brasil, a queda neste mês está relacionada não só com uma base de comparação mais elevada em função dos 2 resultados positivos anteriores, mas também pela perda disseminada dentro do setor, que alcança os principais produtos (automóveis, caminhões e autopeças).

“Destaco que essa atividade, mesmo assinalando redução de 11,5% neste mês, ainda está 14,2% acima do patamar que havia terminado o ano de 2023”, diz Macedo.

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 Já o setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis recuou 3,5%, acumulando uma retração de 6,9% em dois meses seguidos de baixa.

A indústria de alimentos também sentiu o impacto, com queda de 1,2%, enquanto a produção de vestuário despencou 8,5%. O setor químico registrou uma retração de 2,1%, seguido por perdas em celulose, papel e produtos de papel (-3,9%), produtos farmacêuticos (-5,4%) e máquinas e materiais elétricos (-3,8%). 

Outras quedas significativas vieram de segmentos como artefatos de couro e calçados (-6,6%), bebidas (-2,7%), móveis (-5,7%) e produtos do fumo, que amargaram a maior queda percentual, de 16,3%.

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Apesar do cenário geral de retração, algumas ilhas de crescimento se destacaram. A produção de máquinas e equipamentos liderou o crescimento em novembro de 2024, com uma alta de 2,3%, sendo o principal motor de expansão industrial no período. Este foi o segundo mês consecutivo de avanço no setor, que acumula um expressivo ganho de 5,8%.

Desempenho por categorias econômicas

O desempenho das categorias econômicas em novembro mostrou um cenário misto,  indicando que ao longo do ano setores voltados para consumo imediato sofrem mais, enquanto aqueles relacionados a investimentos de longo prazo e itens de maior ticket médio conseguiram resistir ou crescer.

Os bens de consumo duráveis, como carros e eletrodomésticos, caíram 2,1% em novembro em comparação a outubro, mas ainda assim cresceram expressivos 19,5% na comparação com o mesmo mês de 2023. 

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Já os bens de capital, que incluem máquinas e equipamentos usados na produção, recuaram 1,7% no mês, mas tiveram um avanço robusto de 14,0% no acumulado de 12 meses.

Os bens intermediários, como materiais utilizados em cadeias produtivas (aço, celulose, entre outros), tiveram uma leve queda de 0,7% em novembro, embora tenham crescido 1,6% em relação ao ano anterior. 

Por outro lado, os bens de consumo semi e não duráveis, como alimentos e roupas, enfrentaram o maior desafio: caíram 2,8% no mês e 2,7% na comparação anual, indicando um enfraquecimento mais acentuado nesse segmento.

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