MP da Coreia da Sul sugere pena de 12 anos a herdeiro da Samsung
Empresário é acusado de oferecer milhões em propina para que o governo facilitasse uma fusão que fortalecia seu controle dentro da Samsung
A Procuradoria da Coreia do Sul recomendou a prisão do herdeiro e vice-presidente da Samsung, Lee Jae-yong, por 12 anos pelo pagamento de propina e outros crimes relacionados a um escândalo de corrupção de escala nacional. Jae-yong foi acusado de oferecer 38 milhões de dólares (cerca de 118 milhões de reais) em propina a Choi Soon-sil, amiga da ex-presidente do país Park Geun-hye.
O objetivo da propina seria conseguir facilidades do governo para liberar uma fusão que iria fortalecer o controle de Jae-yong sobre a Samsung. Ele nega todas as acusações e foi afastado do escritório secreto de estratégia que supervisionava a fusão.
Entenda o caso
O caso de corrupção provocou uma crise política na Coreia do Sul quando a ex-presidente, Park Geun-hye, foi acusada de conspirar com uma amiga para extorquir dezenas de milhões de dólares de grandes empresas, inclusive mais de 38 milhões de dólares (cerca de 118 milhões de reais) da Samsung.
As acusações contra Park Geun-hye levaram milhões de norte-coreanos às ruas para protestar contra a ex- presidente, até que a Suprema Corte decidiu tirá-la do cargo formalmente no dia 10 de março de 2017. Os poderes de Park já haviam sido suspensos em dezembro, quando o Parlamento votou pelo impeachment no dia 9 de dezembro de 2016.
(Com Associated Press e Estadão Conteúdo)