Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

‘Privatização dos Correios ganha força em nosso governo’, diz Bolsonaro

Para o presidente, a menor participação do estado pode melhorar e baratear os serviços públicos

Por da Redação
Atualizado em 25 fev 2021, 10h25 - Publicado em 7 jun 2019, 19h46

O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a privatização dos Correios, nesta sexta-feira, 7, e disse que a venda da estatal ganhou força em seu governo. A manifestação foi postada em sua conta oficial no Twitter. Para ele, a menor participação do Estado pode melhorar e baratear os serviços públicos. “Serviços melhores e mais baratos só podem existir com menos Estado e mais concorrência, via iniciativa privada. Entre as estatais, a privatização dos Correios ganha força em nosso Governo”, escreveu o presidente na rede social.

A manifestação do presidente no Twitter ocorre um dia depois de o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) ter decidido, por maioria, liberar a venda do controle acionário de subsidiárias de empresas públicas e sociedades de economia mista, sem que para isso seja preciso aval legislativo ou processo de licitação. A venda sem autorização do Congresso Nacional não vale, contudo, para empresas matrizes, como é o caso dos Correios, que ainda precisará de autorização parlamentar.

Bolsonaro Correios
(Reprodução/Reprodução)

Não é a primeira vez que o presidente se manifesta a favor da privatização da estatal. Em abril, autorizou estudos para a desestatização da companhia. Em reportagem publicada na edição de VEJA desta semana, o presidente também defende a venda dos Correios. VEJA teve acesso a cálculos preliminares feitos pela equipe do governo. As primeiras conclusões mostram que o tempo de vida útil para concretizar a venda dos Correios está em torno de cinco anos. Desde o início de 2018, a principal fonte de receita da estatal deixou de ser o monopólio postal — a entrega de cartas, largamente substituídas por várias formas de mensagem eletrônica — e passou a ser a entrega de encomendas, mudança impulsionada, sobretudo, pelo crescimento do e-commerce. A questão é que a ineficiência da empresa na entrega final — que no jargão da área é chamada de “last mile delivery” — vem minando a participação dos Correios no setor. No prazo previsto pelo governo, as transportadoras privadas ultrapassarão a estatal na prestação do serviço. O ponto de virada inviabilizaria por completo a sua venda.

A participação dos Correios no setor de e-commerce caiu quase 20% nos últimos seis anos. Estudo conduzido pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) apontou que a atuação da estatal passou de 81%, em 2013, para 62,5% neste ano. No mesmo período, o uso de transportadoras privadas mais do que dobrou. O índice saltou de 15% para 33,4%.

Continua após a publicidade

“Temos de mostrar à opinião pública que não há outro caminho”, disse Bolsonaro, ao ser questionado por VEJA sobre o que o governo faria após a aprovação da reforma da Previdência. Não foi uma declaração de improviso: conselheiros próximos pediram ao presidente uma posição inequívoca em favor das privatizações. De um lado, o recado serve para convencer membros do governo hostis à venda dos Correios (caso do ministro da Ciência e Tecnologia, o astronauta Marcos Pontes). De outro, foi um sinal para técnicos do governo, que aceleraram a produção do estudo que norteará a venda da estatal. O calendário é apertado: como tudo na pauta econômica, as privatizações só serão discutidas depois da reforma da Previdência. No entanto, os Correios caminham para a obsolescência tecnológica — e há o risco de não ser mais uma empresa vendável se o processo, ainda embrionário, não se concluir rápido.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.