Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Prévia do PIB encolhe 0,24% e reforça virada de ciclo no crescimento

Com taxa de juros elevada e demanda enfraquecendo, o IBC-br dá sinais de perda de fôlego e sugere uma expansão mais fraca para 2025

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 nov 2025, 09h40 • Atualizado em 17 nov 2025, 10h08
  • O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), uma espécie de termômetro mensal do PIB, caiu 0,24% em setembro frente a agosto, na série com ajuste sazonal. Entre julho e setembro, a economia encolheu 0,9% na comparação com o trimestre anterior. O contraste, porém, sugere um quadro ambíguo. Em relação a setembro de 2024, a atividade ainda cresce 2%, acumulando alta de 3% em doze meses.

    A retração mensal do indicador foi puxada sobretudo pela indústria, que recuou 0,7% em setembro, enquanto o setor de serviços mostrou leve queda de 0,1%, reforçando a perda de dinamismo no curto prazo. Ainda assim, na comparação anual. O desempenho mais robusto veio da agricultura, que registrou alta de 4,9%, enquanto os serviços mantiveram resiliência, crescendo 1,8% e amortecendo parte da desaceleração observada nos demais setores.

    O dado mostra que a eonomia está desacelerando. O timing dessa freada acende alertas sobre a capacidade de expansão nos próximos trimestres. “O resultado de setembro reforça que o 3º trimestre deve apresentar desempenho mais fraco, com um carrego mais neutro para o início do 4º trimestre. A atividade segue resiliente, mas sem impulso para acelerações”, avalia Ariane Benetido, economista-chefe do PicPay.

    Ciclos econômicos raramente se movem sem um culpado evidente e, neste caso, ele está estampado no Copom. Com a Selic estacionada em 15% ao ano, o freio monetário começa a produzir seus efeitos típicos: crédito mais caro, demanda represada, adiamento de investimentos corporativos e arrefecimento do consumo.

    Durante meses, a economia brasileira mostrou resiliência a esse aperto. O impulso do agronegócio, a recomposição da renda real graças à inflação mais comportada e programas de transferência de renda ajudaram a amortecer o impacto. Mas tais colchões têm prazo de validade, e setembro parece sinalizar que estão se esgotando.

    Continua após a publicidade

    Empresários já relatam maior cautela em decisões de expansão, enquanto indicadores de crédito, especialmente para pequenas e médias empresas, apontam maior seletividade dos bancos. Famílias, por sua vez, enfrentam um custo financeiro que desencoraja compras de maior valor, sobretudo em setores dependentes de financiamento, como automóveis e bens duráveis.

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    SUPER BLACK FRIDAY

    Digital Completo

    O mercado não espera — e você também não pode!
    Com a Veja Negócios Digital , você tem acesso imediato às tendências, análises, estratégias e bastidores que movem a economia e os grandes negócios.
    De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 3,99/mês
    SUPER BLACK FRIDAY

    Revista em Casa + Digital Completo

    Veja Negócios impressa todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
    De: R$ 26,90/mês
    A partir de R$ 9,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.