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Preços inflados: hospedagem em Belém lidera alta nacional com a COP30

Com a conferência atraindo mais de 56 mil visitantes, a inflação da hospedagem na capital paraense atingiu 19,17% em 12 meses, quase o dobro da média nacional

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 nov 2025, 15h54 - Publicado em 11 nov 2025, 15h02

Não foi apenas a coxinha de R$ 30 que virou símbolo do choque cultural e econômico vivido pelos visitantes da COP30, em Belém do Pará. A Conferência do Clima da ONU, a primeira sediada pelo Brasil, trouxe à tona um fenômeno bem menos simbólico: a disparada dos preços na cidade.

Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira, 11, os serviços de hospedagem na região metropolitana de Belém acumularam uma inflação de 19,17% nos 12 meses encerrados em outubro, a maior alta entre as 16 capitais e regiões pesquisadas pelo IBGE. O salto é quase o dobro da média nacional para o setor, de 10,33%.

O número reflete mais do que o impacto pontual de um grande evento internacional. Ele revela o descompasso entre uma demanda explosiva e uma infraestrutura historicamente limitada. Com 56,1 mil participantes credenciados, segundo balanço oficial da COP30, Belém recebeu uma população flutuante equivalente a quase 4% do total de seus habitantes. A cidade, acostumada a um turismo sazonal e de pequena escala, viu hotéis lotarem com meses de antecedência, diárias triplicarem e imóveis residenciais serem convertidos às pressas em hospedagens temporárias.

Os efeitos, porém, não se restringem aos preços de hotéis. Restaurantes, transportes e até serviços básicos, como lavanderias e aplicativos de entrega, registraram aumentos expressivos. Em alguns bairros, motoristas de aplicativo relataram ganhos 40% maiores que o habitual. Para os moradores, o cotidiano ficou mais caro e mais congestionado.

Ainda assim, a cidade comemora o que muitos consideram um batismo de fogo, e de oportunidade. A COP30 impulsionou investimentos em mobilidade, segurança e saneamento, acelerando obras que vinham se arrastando há anos. Os próximos meses dirão se o legado econômico da COP30 será um breve surto inflacionário ou um catalisador de modernização. Por ora, entre debates sobre transição energética e metas climáticas, os visitantes da conferência estão aprendendo, à moda amazônica, o custo concreto de se falar sobre aquecimento global.

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