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“Pragmático”: a avaliação do 1º comunicado do Copom sob Galípolo

Copom reforçou o compromisso de combate à inflação e deixou implícita a possibilidade de novas altas na Selic

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jan 2025, 08h59 - Publicado em 29 jan 2025, 19h53

Na avaliação de economistas, o  primeiro comunicado do Copom sob a presidência de Gabriel Galípolo reforçou o compromisso do Banco Central no combate à inflação e deixou implícita a possibilidade de novas altas na Selic. A avaliação é de que o tom do comunicado reflete a piora das expectativas em relação à inflação para 2025 e 2026.

Paulo Henrique Duarte, economista da Valor Investimentos, destaca que o primeiro comunicado do Copom sob o comando de Gabriel Galípolo deixa clara a disposição do comitê para tomar medidas firmes para controlar a alta dos preços. “O tom do comunicado é bem pragmático e duro de combate à inflação, indicando também a piora da expectativa da inflação para 2025 e 2026 de  forma acentuada no boletim Focus, nas últimas semanas”, diz  Duarte.

Felipe Salles, economista chefe do C6 Bank, disse que o comunicado do Copom trouxe poucas novidades . “Basicamente reforçou o que já tinha sido comunicado na reunião anterior e deixou espaço subsequentes mais em aberto.”

A informação mais importante, segundo Salles, tem a ver com os números divulgados no comunicado indicando que a  projeção de inflação do Copom para o terceiro trimestre de 2026,  atual horizonte relevante de política monetária, situa-se em 4,0% no cenário de referência.

 “De acordo com o modelo do BC, a taxa Selic a 15% parece que não é suficiente para trazer a inflação para a meta no horizonte relevante. Isso deixa implícita a possibilidade de alta de juros nas próximas reuniões que pode elevar a Selic acima desse patamar”, diz.

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Rafaela Vitoria, economista-chefe do Inter, considerou acertada a decisão de não indicar a magnitude dos possíveis aumentos que poderão acontecer a partir de maio. “Considerando a incerteza no cenário e como os fatores de risco vão se comportar ao longo dos próximos três meses, a decisão de não indicar mudança no ritmo de alta ou nem mesmo a magnitude do ciclo é acertada nesse momento.”

Marcos Moreira,  sócio da WMS Capital, acredita que diante do cenário de desancoragem das expectativas a Selic precisa ser elevada a 15,5% ao ano, para efetivamente começar a ter impacto na atividade econômica, no mercado de trabalho e consequentemente na inflação. “O único fator capaz de mudar esse cenário seria realizar os ajustes necessários que possibilitem o reequilíbrio das contas públicas para frear o crescimento do déficit.”

Impactos da decisão do Copom no câmbio e na curva de juros

Cristiane Quartaroli, economista-chefe do Ouribank, diz que a decisão desta quarta-feira,  em linha com o esperado pelo mercado, somada à manutenção dos juros pelo banco central dos Estados Unidos, o Fed, é positiva para o câmbio. “ Nosso diferencial de juros com os Estados Unidos aumentou e isso tende a ser positivo para o câmbio, via ingresso de fluxo de capitais”, diz a economista, mas, como o mercado já esperava esses dois movimentos, o impacto no câmbio para esta quinta-feira, 30, pode ser reduzido.

Sobre o impacto na curva de juros, Claudio Pires, sócio-diretor da MAG Investimentos, considera que os juros de curto prazo podem ter algum alívio, dado que não houve indicação de que o aumento  indicado para o mês de maio será de 1 ponto percentual. “O ajuste na Selic em maio deverá ser menor do que 1p.p.”, diz.

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