Pós-Copom pode interromper série de oito altas do Ibovespa
O Comitê deixou claro que ainda vê necessidade de novas subidas na taxa de juros do país, o que deve levar a Selic ao maior patamar desde 2006

A subida da Selic para 14,25% ao ano, ainda que amplamente esperada pelo mercado financeiro, parece ter funcionado como um gatilho para ajuste nos preços das ações locais neste começo de quinta-feira. O EWZ, o fundo que representa os papéis de empresas brasileiras em Nova York, acumula uma sequência de oito pregões de alta – e foi acompanhado pelo Ibovespa. Nesta quinta, o EWZ cede no pré-mercado.
O Copom deixou claro que ainda vê necessidade de novas subidas na taxa de juros do país, o que levaria a Selic ao maior patamar desde 2006. Até aqui, a taxa atual se compara com a registrada durante a crise do governo Dilma.
Em Nova York, investidores processam a decisão de juros do Fed. O presidente do BC americano, Jerome Powell, minimizou o risco de recessão nos EUA e, ao mesmo tempo, disse considerar que o efeito da guerra comercial travada por Donald Trump sobre a inflação deve ser transitório.
Nisso, investidores ficaram mais confortáveis com as apostas que vinham fazendo para os próximos cortes de juros nos EUA. As tesouradas devem recomeçar em junho, de acordo com o Fed Watch, ferramenta da CME que monitora as apostas para a “Selic” americana.
Ainda assim, a quinta-feira começa um tanto pessimista em Wall Street, com os futuros americanos em baixa. Sem indicadores relevantes para o dia, haverá espaço de sobra para investidores continuarem ruminando as decisões de juros.
Agenda do dia
4h: Alemanha divulga PPI de fevereiro
8h Haddad concede entrevista ao programa “Bom dia, Ministro”
9h: Reino Unido anuncia decisão de política monetária
9h30: EUA publicam pedidos semanais de auxílio-desemprego
10h: África do Sul anuncia decisão de política monetária
16h30: Haddad dá entrevista ao vivo para a GloboNews
Balanços, depois do fechamento: Automob, Brava Energia, Cemig, Cyrela, Eneva, Hapvida, Hypera, Movida e Petz
OCDE divulga relatório da dívida global de 2025
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