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Petróleo derrete e atinge Petrobras, após China retaliar Estados Unidos com tarifa de 84%

Mercado teme que escalada da guerra comercial entre americanos e chineses cause recessão global e derrube demanda de petróleo

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 abr 2025, 12h36 - Publicado em 9 abr 2025, 09h23

Os contratos futuros de petróleo derretem nesta manhã de quarta-feira 9 após o anúncio da China de que vai retaliar os Estados Unidos com uma sobretaxa de 84% sobre as importações americanas, em resposta à decisão da Casa Branca de impor um total de 104% de tarifas sobre as mercadorias chinesas. Por volta das 9h05, os contratos futuros do petróleo do tipo WTI tombavam 6,43% na Bolsa de Nova York, sendo negociados a 55,75 dólares. Já o petróleo do tipo Brent, que serve como referência para a Petrobras, caía 6,27% e era cotado a 58,88 dólares.

O tombo do petróleo reflete o temor do mercado de que a escalada da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo arraste os demais países para uma recessão global, o que implicaria na redução da demanda por óleo. O medo já atinge os papéis da Petrobras. Os American Depositary Receipts (ADRs) da companhia negociados em Nova York registram forte queda nesta manhã na pré-abertura de Wall Street.

Os ADRs que representam as ações ordinárias da empresa (PBR) perdiam 3,14% e eram cotados a 11,10 dólares. Os ADRs das ações preferenciais (PBRa) recuavam 3,10%, para 10,33 dólares. Ontem, os papéis da Petrobras em Nova York já haviam perdido 4,58% e 4,74% respectivamente durante o pregão normal.

O grande peso da estatal no Ibovespa é um prenúncio de nova queda do principal índice da B3 hoje. Uma referência é o comportamento do iShares MSCI Brazil ETF (EWZ), que é negociado na Bolsa de Nova York e replica o comportamento das principais ações brasileiras. Nesta manhã, o EWZ perdia 1,92% e era cotado a 22,99 dólares na pré-abertura do pregão. Ontem, o EWZ fechou em queda de 2,13% na sessão regular.

A guerra comercial mudou de patamar nesta quarta-feira 9, quando entrou em vigor a sobretaxa de 104% aplicada pelos Estados Unidos às importações da China. A nova tarifa foi a resposta do presidente Donald Trump à decisão de Pequim de aplicar uma alíquota de 34% às mercadorias americanas, após Trump anunciar uma tarifa idêntica sobre os chineses. O republicano chegou a dar um ultimato para que a China recuasse e desistisse da sobretaxa de 34% sobre as importações americanas, e afirmou que aguardava uma ligação de Pequim para negociar.

O ultimato de Trump venceu ontem e, sem resposta, a alíquota total de 104% entrou em vigor hoje. O contra-ataque chinês veio nesta manhã com o anúncio da aplicação de uma tarifa de 84% sobre as mercadorias dos Estados Unidos. A escalada da briga entre os dois países derruba as bolsas europeias e arrasta os índices futuros de Nova York nesta manhã.

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